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ContraPonto

Pediu, levou

Se a Lava Jato está funcionando, avançando e crescendo no âmbito de suas ações e repercussões, com base na atual legislação, por que o Ministério Público Federal apresentou propostas de modificações legais (ainda que baseadas em abaixo-assinados populares)?

Esqueceu que as sucessivas delações, e principalmente a aguardada delação gigante da Odebrecht, estão incriminando (e incriminarão) a maioria dos integrantes do Congresso Nacional e das direções dos partidos?

E sabendo disso – da hecatombe do sistema político-partidário –, não deviam ter imaginado que haveria reação dos atuais parlamentares (titulares do direito e dever de criação das leis) em defesa própria e, inclusive, em retaliação às mesmas autoridades?

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Pior: retaliados com as emendas propostas e aprovadas (abuso de autoridade) pelos parlamentares, na sequência, os membros da Lava-Jato pateticamente ameaçam com a renúncia coletiva e o esvaziamento de suas ações, esquecendo que são servidores públicos da ativa e naturalmente responsáveis pelas irrenunciáveis tarefas e causas judiciais que lhes tocam por competência funcional. Não sabiam?

Pediu, levou!

Abismo

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O processo de desmoralização da política não é um fato recente. Mas é inegável que nos últimos anos têm sido feitos esforços sistemáticos para acelerar sua putrefação. 

Mas há algo mais grave. Há uma espécie de “impermeabilização” dos políticos e dos partidos, como se fossem intocáveis e inimputáveis. 

Indiferentes à realidade, continuam falando e abusando das palavras como se elas não devessem representar algo significativo. Falam cinicamente em ética, moralidade, eficácia, gestão, parcimônia, etc…, como se não houvesse opinião pública atenta aos conceitos, como se fôssemos todos um bando de idiotas (ou somos?)

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Transformaram a ideologia e a política num miserável balcão de negócios, cuja regra principal é a apropriação privada. Travestem o discurso e escondem a verdade. Não é à toa que “ficaram” todos iguais, partidos e parlamentares.

Por isso que o populismo cresce. Alimenta-se do vazio de debates, nutre-se da ausência de política. É uma oportunidade de ouro para os demagogos. 

Estamos à beira do abismo!

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