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contraponto

Pagadores e gastadores

A obesidade do Estado brasileiro é evidenciada pela quantidade de órgãos, empresas estatais e funcionários públicos. Mantidos e garantidos por uma imensa arrecadação e concentração tributária e aparelhamento burocrático. Concomitantemente, o povo cada vez tem menos dinheiro no bolso. Não é à toa que o agravamento de diferenças sociais e injustiças se sucede e aumenta.  

As autoridades falam em importantes reformas. Algumas urgentes, sem dúvida. Mas entre tais, as reformas tributária e fiscal são sempre adiadas. Ou seja, tão cedo não diminuirá o enorme e concentrado poder da União, um monumento ao desprezo dos ideais republicanos.  

Aliás, é lastimável a romaria de governadores e prefeitos a Brasília, onde trocam abraços, fotos e “tapinhas” nas costas com as autoridades governamentais e burocráticas. Mendigam migalhas. E legitimam o sistema.
Então, quisera que empresários e suas federações se dedicassem à divulgação e organização de uma resistência cívica e popular. Afinal, sob pena de prisão, são obrigados a recolher vários tributos sobre mercadorias que ainda não venderam. Ou que venderam a prazo. Ou, então, sobre vendas que nunca serão pagas por causa da inadimplência popular.

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E se sabe que sobra pouco dinheiro para pagar seus fornecedores e funcionários. E ainda garantir sua margem de lucro para uso pessoal e investimento na empresa. Ou seja, motivos não lhes faltam para reagir.

Mas infelizmente e ao contrário, pedem linhas de créditos públicos e prorrogação de prazos de recolhimento de tributos. Subterfúgios que não resolvem nossas contradições fiscais e tributárias.

Entre os cidadãos, poucos sabem quanto estão pagando de tributos. Por exemplo, nas despesas gerais da família, quanto pagam de PIS, Cofins, IPI, CSLL, IRPJ, INSS e PIS-Pasep, recolhidos ao governo federal? E quanto de ICMS, destinado ao Estado e municípios. Ou de ISSQN e IPTU, que pertencem aos municípios? Quem sabe o que significam essas siglas todas (existem mais de cem impostos, taxas e contribuições!) e para onde vai o dinheiro?

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Quando a maioria das pessoas compreender o significado de cada tributo e o destino do dinheiro arrecadado, e souber analisar o comportamento dúbio e omisso dos governantes e dos parlamentares, talvez a mudança possa começar e o nosso povo enriquecer.

Não à toa há tantos vale-disso e daquilo. Uma forma barata de comprar a simpatia, o silêncio e a consciência dos pobres, as maiores vítimas da concentração tributária e estatizante.

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