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Da terra e da gente

Viagens por sons e emoções

Começo pela década de 1960. Foi quando Donato, aos 12 anos, tocou a primeira música (Cerejeira Rosa) ao trompete, em Monte Alverne, para o pai e músico Arthur Weis. Ele gostou e o encaminhou para aprendizado com o mestre Haraldo Ullmann, na cidade. Após exitosa carreira, em 26 do mês passado, Donato a interpretou novamente, ao lado do filho, baterista Samuel, e de amigos (tecladista Gilnei Ellwanger, colega no trompete Jandir Neis, baixista André Dreher e multi-instrumentista Lucas Kist), durante belo tributo que organizou para um dos maiores trompetistas mundiais, Herb Alpert e sua orquestra Tijuana Brass.

Ainda pelos anos 60, o menino Uli (Raul José) acompanhava o pai Eugênio Lodar Assmann e se encantava nas retretas da Banda do Exército local (antigo 8º BIMtz, atual 7º BIB). Agora, já reconhecido como uma das mais belas vozes da região, foi vocalista, no último dia 15 de maio, em outra tocata brilhante deste “verdadeiro patrimônio cultural da cidade”, como bem definiu então o comandante da unidade militar, coronel Christian Augusto dos Santos Cravo, e Uli, emocionado, lembrou daquele incentivo na infância.

No final dos anos 80, formou-se mais um dos tradicionais conjuntos de baile em Santa Cruz do Sul, o Nova Geração. Desde então, Daniel Schwengber, Eduardo Oldenburg, Luís Carlos Watte e Ademir da Silva tocam juntos e, num momento inesquecível, segundo eles, puderam se apresentar ao lado da mesma banda do Nosso Batalhão, como é conhecido o destacamento militar, executando várias músicas alemãs com que abrilhantaram muitas Oktoberfest em nossa cidade.

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As três belas histórias foram contadas no palco do aconchegante Teatro Mauá, sede das apresentações, todas com lotação completa, e trazem à tona uma das paixões da gente da nossa terra: o gosto pela música de banda. É um fato revivido a cada exibição do grupo militar, que está na cidade desde os primórdios da guarnição nos anos 1940, sob a batuta de muitos maestros (nesta tocata, atuaram o mestre titular Altair Dreissig, o auxiliar Mauri Putzke e ainda Clauber Sampaio). É replicado nos concertos de novas e importantes orquestras que se formaram em nosso meio (da Unisc, com o maestro Leandro Schaefer; a Santa Cruz Filarmonia, com Sandra Mohr; a Santa Brass Band, com Carlos Procat).

É multiplicado por inúmeras bandas de baile na região, desde as primeiras que atuavam por aqui, formadas por imigrantes alemães. Isto faz lembrar da presença em eventos passados de típicas orquestras da Alemanha (Trachtenkapelle) e da oportunidade de voltar a trazê-las, ainda mais em 2019, quando completamos 170 anos de imigração. É o ano em que passo a ocupar também este espaço, e nele pretendo compartilhar semelhantes viagens, emoções e coisas boas, de que tanto precisamos. Até a próxima!

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