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Da terra e da gente

Vida renovada

Vivemos o encerramento do mês de agosto, que tem identificações voltadas a fatos não tão bons, mas prefiro vê-lo
como um mês bom, e pródigo em aniversários, inclusive o meu, o que por certo se explica em ser uma consequência dos primeiros calores de verões passados. Talvez por estar entre os aniversariantes deste período, a impressão que tenho é de que seja mesmo um dos mais férteis do ano, ao deparar com uma lista extensa de amigos e conhecidos que nele completam mais um ano, entre os quais um dos mais famosos da nossa terra, o carismático ex-prefeito Arno Frantz, de quem tive a honra de escrever a sua biografia, em 2015, e que já ultrapassa 97 invernos, com força de primavera.

Há quem não goste de falar de aniversário, de idade. Porém, sou daqueles que não veem problema nisso, pois entendo que não se deva perder tempo com questões que não se possa mudar e que, por acaso, são relativas justamente ao tempo: ou seja, a idade que se tem, e o clima que se enfrenta todo dia, inclusive com as quatro estações num dia. Em vez de reclamar do tempo que faz, procuro apenas me adaptar e seguir em frente, a partir das previsões bastante próximas ao real feitas de um dia para o outro. Quanto aos anos vividos, rendo-me ao fato de que não se fica mais jovem, admito sem rodeios o número atingido (agora, 64) e dou graças por chegar a este ponto, e em boas condições físicas.

Penso sempre na renovação da vida proporcionada a cada dia e a cada ano vivido, sem lamentar o que passou, nem ambicionar demais, mas buscando encontrar a sabedoria necessária para viver o melhor possível. Já com uma boa jornada feita, é possível observar aspectos que julgo terem sido muito importantes na caminhada para que ela pudesse seguir ainda firme e feliz. Certamente, ter uma base familiar sólida oferece uma largada muito mais firme e sustentável no tempo, ainda mais se alimentada com bom ensino e lapidada com a experiência de vida, sem medo nem lassidão diante das dificuldades e desafios, que não são poucos.

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Nessa luta diária, pela observação feita, nunca se pode descurar da saúde, muitas vezes deixada de lado, e muito pelos homens. Ficar atento a primeiros e pequenos sinais, manter avaliação médica temporária (em especial após a primeira fase crítica, nos 40 anos), ter consciência de limites, eis alguns pontos que me ficaram cada vez mais claros no decorrer do tempo. Saber dosar o que o corpo e a mente aguentam sem sofrer estresse é uma decisão nada fácil, mas exigida, ao lado do controle dos impulsos e percepção dos efeitos. Saber que não se pode tudo e nem se leva nada junto para a eternidade parece ser outro ponto a sopesar e pesar muito, junto com a espiritualidade, que pode oferecer a paz e a luz que tanto se busca neste caminho a ser renovado a cada dia.

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