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DA TERRA E DA GENTE

O apego ao lugar

A passagem do mês de setembro, com datas marcantes relativas aos espaços onde estamos inseridos, faz pensar sobre o que mesmo eles representam para nós. Os dias 7 de setembro (que destaca a Independência do Brasil, a Pátria), o 20 de setembro (data magna do Estado gaúcho e farroupilha) e o dia 28 (aniversário de 142 anos do Município de Santa Cruz do Sul) colocam em relevo não só o seu significado histórico, mas também o reconhecimento do lugar onde nascemos e vivemos, ao qual, por consequência, nos apegamos e que, por natureza, tendemos a amar.

Vale assim refletir sobre a maneira como, em nossa vida diária, estamos vendo estes locais, que são nossos como um todo. Sobre como está nossa relação com o País, o Estado e o Município que nos acolheram. Se estamos sendo de verdade membros efetivos, conscientes e responsáveis nestas organizações sociais e civis a que pertencemos naturalmente, como nossas famílias, ou a elas não ligamos, ou apenas cobramos e exigimos, nos restringindo ao terreno e interesse meramente pessoais.

Vale a pena, nesta hora, rebuscar em nosso íntimo o vínculo afetivo e emocional que nos mantém ligados ao lugar que nos viu nascer e onde estabelecemos nossas relações com o ambiente e as pessoas, onde concretizamos o nosso pertencimento, a nossa identidade, a nossa raiz, que, por sua vez, remetem a aconchego, a um lar. Todos sentimentos bons, que merecem ser devidamente correspondidos em nosso dia a dia.

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Assim, ainda que mais isolados e afastados da integração social e ambiental em razão das precauções sanitárias ora mais requeridas, é oportuno nos lembrarmos do que implica toda esta engrenagem em que vivemos e do que cabe a cada um de nós, como cidadãos, fazer e acontecer, para que a convivência nesses espaços seja mais respeitosa, alegre, viva e, de fato, acolhedora para todos. Será que estamos protegendo adequadamente a saúde, nossa e dos que nos cercam? Será que estamos tratando bem os que encontramos em casa, na rua, no trabalho, de forma direta ou pelas vias eletrônicas e digitais? Será que cuidamos devidamente do ambiente que habitamos?

Fico pensando nestes princípios de vida em comum ao conviver com as pessoas no lar, ao cruzar pelos caminhantes, ao entrar nas casas de compras, ao admirar os espaços públicos que percorro. Todos eles requerem a nossa atenção e corresponsabilidade, com todas as limitações e dificuldades que temos. Todos pedem a nossa correspondência de pessoas educadas e responsáveis, apesar de eventuais divergências. Tendo essa abertura e consciência, parece que é possível melhorar o salutar convívio, ainda que limitado, mas sempre existente, e indispensável à construção de um mundo melhor, que todos querem, mas, pensando bem, em pouco colaboramos na nossa vivência. O mundo só melhora quando cada um, com todos os seus defeitos, mas por certo também suas qualidades, conseguir ser melhor ao seu redor, na sua aldeia, no seu lugar, a que, de algum modo, se apegou para sempre.

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