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2015

Um novo ano!

Todo fim de ano e início de outro é a mesma coisa.  Além das festas, comidas típicas, roupas especiais, das mandingas e simpatias, dos rituais, fazem parte da noite da virada de ano as resoluções e promessas: fazer exercícios, emagrecer, parar de fumar, fazer algum curso, mudar de emprego, abrir o próprio negócio, cuidar da saúde, reatar algum relacionamento, comprar uma casa ou carro, melhorar ou recuperar as finanças pessoais ou familiares, e por aí vai.

Claro, não basta apenas focar um desejo ou uma promessa enquanto se degusta os bagos de uva ou pula as sete ondas do mar. Ou, então, ficar com vagas intenções que, depois da segunda taça de espumante ou latinha de cerveja, desaparecem como a fumaça dos fogos de artifício ou caem na vala comum do esquecimento. Os rituais são importantes, mas a maioria das “n” fontes que instruem sobre a definição e realização de promessas – livros, artigos, palestras, entrevistas, etc. – recomenda formalizar todos os sonhos, desejos, promessas, escrevendo-os numa simples folha de papel ou digitando-os para guardá-los num arquivo eletrônico.  Depois, agrupar esses itens  em objetivos de vida e, a  partir desses objetivos, estabelecer metas. Se o objetivo de alguém, por exemplo, é melhorar a área financeira, ele deve estabelecer várias metas menores, como diagnosticar sua situação financeira, elaborar e realizar um orçamento, reduzir ou eliminar alguma despesa, talvez procurar um novo emprego ou alternativas para aumentar sua renda, etc.

 A maioria das pessoas acorda, vai ao trabalho, volta para casa e vai dormir, num verdadeiro looping automático, não parando para pensar e planejar suas vidas.  “Quem não sabe aonde quer ir, não vai a lugar algum” diz um ditado muito conhecido. Por isso, é preciso ter objetivos, metas a buscar. Outro ponto importante  é  planejar para mais tempo, isto é, ter visão de longo prazo, estabelecendo  metas de curto, médio e longo prazos.  Alguns objetivos, como, por exemplo, recuperar ou melhorar a situação financeira  podem levar de seis meses a dois ou mais anos para serem atingidos, o que, normalmente, só  acontece mês após mês, a não ser que entre uma bolada extra de dinheiro e permita quitar as pendências financeiras de uma só vez.  Ou, então, alguém que quer ser médico precisa ter a meta de passar em cada ano, até atingir o seu grande objetivo. Geralmente, o primeiro ano de comprometimento com algum objetivo é o mais difícil, não só porque não temos garantia dos resultados e não conseguimos perceber os avanços, mas também porque somos obrigados a enfrentar desafios ou tentações que podem nos fazer desistir de tudo.

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Já disse alguém que uma vida sem sonhos não merece ser vivida. Quando se quer definir objetivos de vida e metas – o que se quer, de fato – deve-se, primeiro, materializar de alguma forma os sonhos e desejos. Depois, avaliar a situação, não só pessoal, mas da conjuntura atual, também.  Neste passo, talvez a chave seja identificar o que se aprendeu no ano ou nos anos anteriores e que pode ser levado para o novo ano, nas várias áreas de nossa vida.

Ao se estabelecer objetivos e metas, deve-se observar algumas condições para evitar frustrações, tanto por, eventualmente, serem impossíveis de serem atingidas, quanto por serem muito fáceis, pouco acrescentando à vida da pessoa. Existem várias formas de lembrar essas condições, sendo a sigla inglesa SMART talvez a mais conhecida, significando que os objetivos ou metas devem ser específicas, mensuráveis, atingíveis, realizáveis e temporais. Tem outra, formada pela palavra PRIEST (padre, em inglês), e que significa que as metas e objetivos devem ser positivamente definidos, realistas com recursos especificados, iniciados e mantidos por nós mesmos, ecológicos, sustentados por critérios de evidência e temporalmente distribuídos.

No ano de 2014, especificamente as finanças pessoais e, de forma mais abrangente, a educação financeira – que trabalha não só questões práticas, como orçamento, cálculos, dívidas, etc., mas, principalmente, o comportamento e os hábitos em relação ao dinheiro – foram pautas permanentes nos meios de comunicação, além de serem temas, cada vez mais frequentes, em palestras e cursos. Embora a presidente Dilma, em seu discurso de posse no 2º mandato, tenha tentado “dourar a pílula”, dizendo que os impactos das medidas a serem tomadas seriam mínimos, como se fosse possível fazer omelete sem quebrar os ovos, analistas, especialistas e os próprios números negativos da economia brasileira indicam que o ano de 2015 será de ajustes, imprescindíveis, diga-se de passagem, para, em primeiro lugar, reequilibrar as finanças públicas – já se gastou demais, principalmente em 2014 -, e, segundo lugar, recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento. Alguns desses ajustes até já foram implementados, como o aumento das taxas de juros e o aperto nas concessões de benefícios sociais.  As consequências mais elementares são o aumento do custo de vida, diminuição das atividades econômicas, redução ou eliminação de postos de trabalho, etc.

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Para enfrentar as incertezas ou possíveis dificuldades, no ano de 2015, é preciso educar-se financeiramente. Não só entender e elaborar planilhas e cálculos, mas, principalmente, mudar hábitos e comportamentos de consumo. A DSOP Educação Financeira se propõe a fazer isso, disseminando, em todo o Brasil, sua metodologia, construída sobre quatro pilares: diagnosticar (fazer um levantamento da situação financeira atual), sonhar (ter sonhos, objetivos, de curto, médio e longo prazos), orçar (verificar quanto custa à realização de cada sonho) e poupar (estabelecer um valor para a realização de cada sonho). Essa metodologia promove o autoconhecimento que, consequentemente, leva a pessoa a uma conscientização financeira. Sabe-se que mais da metade das pessoas que conseguem sair da inadimplência, em menos de dois anos voltam a se endividar, de novo. É que essas pessoas apenas resolveram um problema pontual – precisavam limpar seu nome para realizar novas compras a prazo -, mas não mudaram seus hábitos e comportamentos financeiros. Quer dizer, elas não se educaram financeiramente.

Neste ano de 2015, que apenas está começando, a sugestão é respirar fundo e manter a calma, pois os tempos, muito provavelmente, vão exigir mais disciplina, cuidado e paciência com o trato do dinheiro.

FELIZ 2015!

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