Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Blog Falando em Dinheiro

Para gastar menos do que se ganha

A verdade é que, quase nunca, o salário ou a renda são suficientes para cobrir as despesas durante o mês; sobrar, então, nem pensar. Muitas pessoas até dizem que o dinheiro acabou, mas o mês ainda não…

Mas, será que não é possível fazer o dinheiro durar até o próximo pagamento? Especialistas dizem que sim. Claro, a ideia não é sugerir que a pessoa se sinta satisfeita com a sua renda; é fundamental buscar sempre melhores oportunidades. Mas, independente do quanto a pessoa ganha,  o fundamental é o que ela faz com o dinheiro. Parece que aí está um dos maiores problemas.

Publicidade

Diagnóstico

O primeiro passo é fazer um diagnóstico financeiro das despesas pessoais ou familiares. Na medicina, para achar a solução de um problema o médico precisa descobrir a causa, através de um diagnóstico do paciente,  requisitando, em alguns casos,  exames de laboratório ou radiológico. Nas finanças, também: é preciso identificar as causas do desequilíbrio ou das dívidas.

Durante 30 dias, anotar todas os desembolsos efetuados, principalmente  valores de pequenos gastos com cafezinhos,  por exemplo, que, somados no final de um mês, podem representar um valor expressivo. Para facilitar a tarefa, a tecnologia pode ser uma grande aliada  neste sentido, uma vez que existem diversos aplicativos a dedicados a ajudar a organizar e administrar melhor o dinheiro, sem desprezar o simples caderninho para anotações, o que muita gente ainda prefere. 

Publicidade

Feito esse levantamento durante um mês – pode ser durante dois ou até três meses, principalmente para quem não tem renda fixa – já aparecem sinais de desperdícios ou supérfluos; pesquisas provam que só com este diagnóstico é possível reduzir de 20% a 30% os gastos mensais.

Orçamento

O segundo passo é elaborar um orçamento, em que são previstos os gastos durante o mês seguinte. Os orçamentos tradicionais, simplesmente consideram as receitas líquidas, subtraem as despesas e aí verificam se falta ou sobra dinheiro. Já  a metodologia da DSOP Educação Financeira sugere uma fórmula inovadora de orçamento: Receitas líquidas (-) Sonhos (-) Gastos mensais. 

Publicidade

A ideia é que os sonhos pessoais ou familiares já sejam transformados em valores que serão apartados, mensalmente, das receitas líquidas, antes de pagar as despesas normais. Por esta fórmula, o padrão de vida pessoal ou familiar é o valor previsto para os gastos.

Dívidas 

Publicidade

O passo seguinte é não contrair dívidas. Se a pessoa ou família pretende adquirir um bem ela já inclui um valor mensal na rubrica dos sonhos do orçamento; assim, é formada uma poupança para adquirir esse bem à vista ou, pelo menos, com uma boa entrada. Por exemplo: se pensam em comprar um carro, já vão economizando durante algum tempo o valor que pagariam de prestação de um financiamento. Depois de um certo tempo, este valor acumulado vai ser usado para dar de entrada ou até pagar  o bem à vista, com um possível desconto.

Compras por impulso ou compulsão

Publicidade

Outro passo muito importante é evitar as compras por impulso ou compulsão. Todo um planejamento financeiro pode ir por água abaixo quando se realiza a compra de um bem, principalmente de maior valor, sem o necessário planejamento. Um truque para não  comprar “a primeira vista” é dar uma volta pelo shopping, quem sabe  dizer que volta no dia seguinte, quando a vontade já pode ter passado. Já as compras por compulsão – a pessoa compra só pra sentir o prazer da compra – são mais complicadas para evitar e exigem, de acordo com o grau de dependência, a intervenção/acompanhamento  de psicólogo ou psiquiatra.

Conclusão

Tudo isso faz parte da Educação Financeira. Muitas pessoas confundem educação financeira com finanças pessoais. Finanças pessoais tratam apenas de técnicas: saber fazer alguns cálculos, elaborar um orçamento, pesquisar preços, preencher planilhas,  cortar gastos, poupar e investir. Claro, são  conhecimentos e procedimentos importantes, mas que não são suficientes. Já a Educação Financeira inclui esses conhecimentos e procedimentos, mas vai além, focando o comportamento das pessoas.

As pessoas precisam conhecer seu verdadeiro “eu” financeiro, procurando saber porque gastam, muitas vezes, apenas para aplacar algum vazio existencial. Com Educação Financeira é possível conquistar uma melhor qualidade de vida, hoje e no futuro, com a segurança material necessária para bem viver e, ao mesmo tempo, ter reservas para eventuais imprevistos. É a conquista dos sonhos com muito equilíbrio na vida financeira.

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.