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Falando em dinheiro

Quatro cuidados principais nas finanças no fim e no começo do ano

A poucos dias do Natal e da virada de ano-novo, muita gente está organizando as festas, fazendo as compras, revisando contas, reservando passagens e hotéis. Enfim, são tantas providências próprias da época que, por mais felizes e mágicas que sejam, podem gerar muito estresse também. Quem ainda não entrou nesse ritmo, mas pretende realizar  pelo menos algumas dessas atividades, já está atrasado e a correria, certamente, vai ser maior.

Por isso, antes de mais nada, é recomendável desacelerar. Outra coisa: se o dinheiro estiver curto ou não der  para extravagâncias, talvez valha a pena procurar simplificar os planos para o fim deste ano e o começo do próximo. Fazer menos pode ser uma opção.

O fim de um ano e começo de outro requerem cuidados em quatro pontos principais:

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1º) Os jantares de família e com amigos: para que tudo saia como planejado, é importante manter a organização e o planejamento, não só da lista de convidados, comidas, bebidas, local, etc., mas, principalmente, das finanças; sim, porque facilmente esses eventos podem comprometer o bolso; se for o caso, não ter vergonha de pedir o auxílio de parentes e amigos participantes da festa, solicitando que tragam algum prato e bebida; 

2º) Os presentes de Natal: todos gostamos de dar e receber presentes. Para evitar rombos no orçamento, é fundamental pensar nos presentes com antecedência – a quem presentear, qual o valor limite de cada presente, pesquisar preços, evitar comprar por impulso aquele presente que é a “cara” de alguém querido; cuidar das compras no cartão de crédito que são uma maneira fácil e quase imperceptível de acumular dívidas para o próximo ano;

3º) As despesas de férias: mesmo quem não vai viajar, o período de férias sempre leva a gastar além do habitual, nem que sejam desembolsos em alguns chopes ou sorvetes a mais. Já quem pretende viajar e ainda não se organizou para tal, terá mais dificuldades. Apesar disso, ainda é possível economizar, pesquisando preços de hotéis e transporte em sites especializados, onde pode-se achar alguma oferta de última hora, principalmente, em locais menos badalados; 

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4º) Dívidas acumuladas: mesmo com quase 63 milhões de brasileiros inadimplentes, quer dizer, que têm dívidas vencidas, muitos não perdem o sono por isso, conforme constatou um estudo do birô de crédito SPC Brasil, em que apenas 17% dos pesquisados disseram que vão usar o 13º salário para pagar dívidas. Embora as verbas extras de fim de ano, principalmente, o 13º salário, tenham sido instituídas para presentear seus beneficiários, quem tem dívidas vencidas deve usá-las para acertar suas contas. Afinal, não tem graça querer passar um Natal feliz com dívidas.

Foto: Divulgação

 

Orientações

Também nesta época, principalmente na virada para o novo ano, temos o costume de desejar fazer mudanças radicais em nossas vidas, manifestadas nas famosas promessas de ano-novo. Então, antes que se percam essas promessas já nos primeiros dias, o especialista em educação financeira e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, preparou algumas orientações para traçar um planejamento e conseguir ter uma relação mais saudável com o dinheiro, no próximo ano:

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1ª) Na ponta do lápis: usar uma planilha com espaço para os 12 meses do ano, anotando nos respectivos meses as datas comemorativas, pagamento de impostos, prestações, parcelas de compras, etc.;
2ª) Conversar com a família: falar com todos os integrantes, inclusive as crianças, sobre sonhos individuais e coletivos que querem realizar;
3ª) Pesquisar o valor dos sonhos: saber quanto custa cada um e fazer as cotações para achar o melhor preço, possível de ser assumido;
4ª) Poupar e investir dinheiro: apartar das receitas, tão logo caiam na conta do banco ou entrem em espécie no bolso, o valor de cada sonho e aplicá-lo em algum investimento, de acordo com o prazo de realização;
5ª) Reduzir despesas: fazer um diagnóstico financeiro, anotando durante 30 dias o valor de qualquer desembolso, desde um simples cafezinho ou guloseima até a prestação da casa ou do carro. Esse diagnóstico permite visualizar onde está sendo gasto o dinheiro e a experiência tem mostrado que, pelo menos, dá para poupar 20% gasto em desperdícios ou supérfluos;
6ª) Mudar a fórmula do orçamento mensal: em vez de considerar a tradicional fórmula ganhos (-) despesas  = sobras/faltas, usar esta que prioriza os sonhos e não as despesas: ganhos (-) sonhos (-) compromissos assumidos (-) despesas; o valor previsto para as despesas corresponde, então, ao padrão de vida pessoal ou familiar; 
8ª) Cuidado com a inadimplência: evitá-la de todas as maneiras. Quem já está inadimplente, antes de procurar os credores, deve buscar as causas do problema e saber com quanto pode contar para quitar suas dívidas.

Conclusão

Será que vale a pena tanto esforço e estresse para, no fim, sobrarem dívidas e começar um ano com as finanças comprometidas? Não se deve usar as festas de fim de ano como desculpa para gastar o que não se tem ou até fazer o que não se quer. As convenções sociais não podem ser a causa de problemas financeiros. Todo dia é um bom dia para cuidar de si mesmo e de quem é próximo. Por isso, o fundamental é trocar toda a gastança apenas pela presença de estar junto às pessoas queridas.

 

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