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Cartão de crédito: como usar de maneira correta

Cada vez mais, o cartão de crédito faz parte da vida de grande parte dos brasileiros. É raro encontrar alguém que não tenha, pelo menos, um cartão de crédito na carteira, quando não dois, três ou até mais… Pesquisa da PwC constatou que 78,5% dos brasileiros usam o cartão de crédito como forma de pagamento preferencial, à frente do dinheiro e do cartão de débito.

De fácil aquisição – geralmente, é oferecido aos clientes – e de ampla aceitação, muitas vezes a dúvida é sobre qual cartão escolher. Analisar se os benefícios oferecidos existem mesmo mas que não exijam que se gaste “rios de dinheiro” para acumular pontos para trocar por alguma coisa. Em contra partida, o cartão de crédito é considerado por muitos usuários e também por especialistas em educação financeira o vilão das finanças, o que nem sempre é verdadeiro. Seria a mesma coisa que dizer que os automóveis são os responsáveis pelos milhares de vítimas de acidentes de trânsito, no Brasil. Enquanto o automóvel é apenas veículo de transporte, o cartão de crédito é um meio de pagamento.

Foto: Reprodução

 

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Uma das grandes armadilhas dos cartões, raramente percebida e pouco estudada, é mascarar o ato de gastar. Ao pagar com o cartão – inclusive de débito – não se tem a mesma sensação psicológica de gasto de quando se retira o dinheiro em espécie da carteira. Por isso, quem não tiver controle e disciplina sobre seus gastos, é melhor não ter cartão. O risco de algum desastre financeiro é menor. Entretanto, existem pessoas que não conseguem controlar o impulso de usar o cartão de crédito ante uma necessidade ou um simples desejo de adquirir alguma coisa, mas, ao mesmo tempo, não tem coragem de quebrá-lo e por isso o entregam a alguma pessoa muito próximo, porque “vai que precise”.

Mandar ver no cartão de crédito é, muitas vezes, a única forma de consumir, mesmo sem ter dinheiro, o que pode gerar problemas, como dito anteriormente.  Por isso, para manter o controle  sobre o cartão de crédito e usá-lo de forma mais precavida, não se endividando,  vale observar algumas dicas:
1ª) estabelecer seu próprio limite: mesmo que o limite disponibilizado pela instituição financeira seja maior, não usar mais de  50% da renda mensal;
2ª) definir um percentual do limite do cartão para cada tipo de gasto e respeitá-lo;  
3ª)  conhecer as melhores datas para fazer compras e respeitar as datas de vencimento: pagar o valor total da fatura até o vencimento;
4ª) limitar em 3 o número de parcelas e registrar o valor de cada uma delas no orçamento dos meses seguintes, evitando “surpresas” de débitos; 
5ª) ter um ou, no máximo, dois cartões, com datas de vencimento que ajudem na organização das contas;
6ª) cuidar da senha e com as compras em sites da internet;
7ª) jamais emprestar o cartão.

Um dos problemas que consumidores eventualmente enfrentam é a clonagem ou uso indevido de seus cartões de crédito, pela internet ou em lojas físicas. Uma pesquisa do SPC Brasil revelou que 8,9 milhões de brasileiros foram vítimas de fraude nos últimos 12 meses, sendo que a maior parte dessas ocorrências está ligada aos cartões de crédito. A orientação do Procon Carioca é que, caso perceba que o cartão de crédito foi clonado – o que pode ser constatado através de mensagens emitidas pelo banco, no ato da compra, ou apenas quando da chegada da fatura -, o consumidor deve entrar em contato com a instituição financeira para resolver o problema e cancelar o cartão. É recomendável fazer um boletim de ocorrência para ter uma maior garantia de providências por parte da operadora do cartão.

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Foto: Reprodução

 

Além de facilitar os pagamentos, inclusive em várias parcelas, e dispensar a posse de maior quantidade de dinheiro, o cartão de crédito, usado com consciência, permite maior controle sobre os gastos e melhor gestão do orçamento, sem falar nos ganhos secundários, como programas de recompensa ou milhagens. Em resumo, para manter o controle sobre o cartão de crédito, saber que, 1º) trata-se apenas de uma ferramenta ou um meio de pagamento; 2º) requer organização e bom senso; e, 3º) exige controle rígido do orçamento.  Se, eventualmente, não conseguir pagar o total da fatura, procurar imediatamente fazer um empréstimo com juros mais baixos para quitar o valor devido e pagar menos encargos. 

O cartão de crédito pode ser uma bênção ou maldição para o bolso do consumidor, dependendo da forma como é usado e administrado. É importante entender que comprar com o cartão de crédito nada mais é do que tomar um empréstimo de curto prazo que apenas não paga juros se a fatura for liquidada até o vencimento. Por isso, antes de usar o cartão de crédito na hora de gastar, é bom usar a cabeça o que uma boa educação financeira pode ensinar. A DSOP – Educação Financeira desenvolveu uma metodologia própria, já testada e comprovada por milhares de pessoas, em todo o Brasil e até no exterior, disponível para ajudar nessa área tão importante: a financeira.

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