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Ressaca Financeira

Muita gente diz que o ano só começa depois do Carnaval. Nesse sentido, uma mensagem que circula nas redes sociais deseja “Feliz ano novo”, a partir de quarta-feira de cinzas, dia 26/02/20. Mas, tem quem contesta essa crença, achando um absurdo e, principalmente, mostrando que iniciou o ano de suas atividades já no dia 1º de janeiro.

Não dá para negar – o que é facilmente percebido, pelo menos no  trânsito mais tranquilo nas cidades, nesta época, com menos veículos nas ruas e vagas nos estacionamentos – que os dias que vão do Natal até o Carnaval (não deu pra evitar a rima) são diferentes do resto do ano. Não só por causa do calor infernal que, neste ano, em alguns dias beirava os 40 graus, mas por causa das inúmeras confraternizações de final de ano e início de outro, da renovação de promessas, da conciliação de férias do trabalho com as férias escolares e de outras atividades mais prazerosas. Até tudo terminar, finalmente, na quarta-feira de cinzas. Se bem que ainda são realizados alguns eventos isolados do carnaval, não só nas regiões mais envolvidas com a festa – o Nordeste  do Brasil, principalmente -, mas também por aqui. São bailes, desfiles de escolas de samba e blocos, etc., programados para as próximas semanas, em várias cidades do país. 

Além das ressacas físicas, emocionais, mentais e até espirituais, resultado de festas, estresse de viagens e tantos outros motivos, grande parte dos gastos pessoais e familiares também ocorrem, nesse período, gerando outro tipo de ressaca: a financeira. Enquanto a ressaca física pode ser curada com uma ou duas noites bem dormidas, além de bebidas mais leves e alimentação especial para ajudar a vencer os sintomas, conforme recomenda a editoria Elas por Elas, do Portal Gaz, a ressaca financeira geralmente leva mais tempo para ser eliminada; às vezes meses ou até mais de ano.

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Se não houve um planejamento financeiro, o que é consequência da falta de educação financeira, para enfrentar este tempo muito divertido com festas, presentes, viagens, férias e que, certamente, custaram algum dinheiro que, muitas vezes, não se tinha, a saída foi acessar os créditos disponíveis, no rotativo do cartão e no cheque especial. Nesses casos, as pessoas costumam entrar no limite do cheque especial ou quitar apenas o valor mínimo ou não pagar nada da fatura do cartão de crédito, na data de vencimento, arcando com juros altíssimos. No cheque especial chegam a 165% ao ano e no rotativo do cartão de crédito por volta de 300% ao ano, conforme divulgou o Banco Central. 

Mas, não adianta sentir-se culpado e esperar que as contas cheguem para aí ver como lidar com elas. É hora de enfrentar o problema. Reinaldo Domingos, doutor em educação financeira e criador da DSOP – Educação Financeira, além de outras atividades, relaciona algumas orientações para essas pessoas que se enrolaram em dívidas :

1ª) fazer um diagnóstico da situação financeira pessoal ou familiar: durante 30 dias (se tiver renda fixa) ou 90 (com renda variável), anotar todos os gastos realizados, desde os mais insignificantes – um sorvete ou cafezinho, por exemplo – até os maiores, como as prestações de carro e da casa ou o aluguel; com essa tarefa básica já é possível reduzir as despesas entre 20% e 30%, apenas diminuindo, substituindo ou cortando desperdícios e despesas desnecessárias, sem perda no padrão de vida pessoal ou familiar;   

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2ª) fazer um orçamento anual, projetando o que vai receber e pagar nos próximos 12 meses: existem disponibilizadas, na internet, sem qualquer custo, várias planilhas para instruir essa atividade; uma delas pode ser baixada em http://www.dsop.com.br/downloads-arquivos/;

3ª) comprar apenas o necessário, adiando eventuais desejos imediatos para poder realizar grandes sonhos, no futuro;

4ª) não entrar no limite do cheque especial nem se endividar no cartão crédito: são duas ferramentas financeiras que carregam juros ainda muito altos;

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5ª) praticar o desapego, identificando quais itens que existem em casa e são pouco usados – ou nem usados – e vendê-los: são tantas coisas esquecidas em algum armário ou em algum canto, como eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, móveis e até mesmo roupas, sapatos e brinquedos que podem gerar alguma renda extra.

Como é tradição, no início de ano as pessoas costumam estabelecer metas, nas várias áreas de suas vidas. Uma delas, sempre presente, é a  financeira. Segundo pesquisa divulgada, no mês passado, pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao  Crédito (SPC Brasil), em 2020, guardar dinheiro é a principal meta financeira de 49% dos brasileiros. Quem estiver com esse objetivo, deve convencer-se de que é possível implantar o controle financeiro pessoal ou familiar ou retomá-lo, ajustando gastos, pagando dívidas, e, principalmente, planejando a realização de sonhos. Como fazer isso? Através da educação financeira. Existem inúmeras propostas no mercado. Uma delas da DSOP Educação Financeira, com sua metodologia já testada e comprovada por milhares de pessoas, individualmente ou por famílias, no Brasil e em vários países.

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