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Agro&Negócios

La Niña no caminho

O Serviço Nacional de Clima dos Estados Unidos (NOAA, em inglês) atualizou as previsões sobre a possibilidade de o fenômeno climático La Niña desenvolver para um percentual de 55% a 60% durante o período de primavera/verão do hemisfério sul. Confirmada, a chegada de nova temporada de La Niña quer dizer que depois da atual época de chuvas no Sul do Brasil, os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março devem ser mais secos do que o normal.

Na prática

Para o arroz, que é irrigado e tem os mananciais recuperando seus níveis de normalidade, não é problema. Nem para o tabaco, afinal, em anos mais secos há menos perdas do que em anos de El Niño (maior pluviosidade). A anomalia climática pode afetar de forma mais significativa as áreas de soja, o milho e o feijão cultivados na resteva do tabaco e as pastagens.

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Lucro x prejuízo

É importante ao agropecuarista acompanhar a evolução sobre o comportamento do clima para o planejamento de tratos culturais, operações de plantio e colheita, lotação pecuária, entre outros fatores estratégicos que podem determinar a diferença entre lucro e prejuízo.

Azedou

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Na próxima semana, o Conselho da Confederação das Federações de Trabalhadores na Agricultura (Contag) se reunirá para discutir extensa pauta, em particular a crise nos preços dos produtos agropecuários. Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), abordará a grave situação do leite, trigo e arroz. Entende que o acordo do Mercosul deve ser revisto, uma vez que tem sido determinante na desvalorização dos produtos brasileiros. Os protestos realizados semana passada serão ampliados para outros estados do País.

Tapinhas nas costas

Em meio aos protestos dos produtores de leite, Fetag e Contag estiveram reunidos com os ministros da Agricultura, Blairo Maggi, e da Casa Civil, Eliseu Padilha. Promessas, tapinhas nas costas, solidariedade, mas de prático, só um leilão de compra de leite em pó pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário no valor de R$ 6 milhões, que não faz nem cócegas na situação. Ainda tiveram que ouvir, na Casa Civil, que setores do governo estudam ampliar a abertura para importação. Maggi defendeu o estabelecimento de cotas para importar leite do Uruguai, mas avisou que é voto vencido no governo.

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Rumo ao mínimo

Com custo de produção médio de R$ 45,00 por saca de 50 quilos, em casca na última safra, o arroz gaúcho é comercializado na região abaixo de R$ 37,00. A defasagem para o valor da mesma época no ano passado é de R$ 14,00. O governo federal sinaliza com leilões de compra ou subsídio à comercialização. Porém, com poucos recursos, os volumes não serão expressivos e a saca de arroz precisa baixar até R$ 34,97, quando é disparado o gatilho da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

Razões

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Quatro razões marcam a atual conjuntura do arroz: a grande safra colhida em 2017, a balança comercial negativa em mais de 500 mil toneladas no ano por causa do câmbio, o endividamento do setor – que o obriga a buscar financiamento privado e pagar juros de amortização e prorrogações – e o altíssimo custo de produção.

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