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Agro & Negócios

Nem prazo, nem preço!

O clima e a séria crise nos preços – que acarreta também dificuldades de crédito – já faz estragos na lavoura de arroz do Rio Grande do Sul. A formação das lavouras da safra 2017/18 está muito atrasada e registra apenas 6% de superfície semeada (64 mil hectares) diante da expectativa inicial de que o estado plantará 1,078 milhão de hectares. Há um ano, 36% de uma área de 1,121 milhão estava plantada, o equivalente a 404 mil hectares. A situação é preocupante e o atraso deverá implicar em queda da produtividade. O estado representa 72% da produção nacional de arroz.

Dentro do normal

A região de Santa Cruz do Sul (Depressão Central) tradicionalmente planta mais tarde para escapar das enchentes de setembro e outubro. Quase só as lavouras cultivadas em sistema pré-germinado, menos dependente do clima, estão sendo semeadas. A previsão é de intensificação dos trabalhos no final do mês. Se o clima permitir.

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Alto custo

Na semana que passou a Conab divulgou um estudo sobre os custos de produção e rentabilidade do arroz em três regiões (Zona Sul, Fronteira Oeste e Depressão Central). Aqui na região, a lavoura, em média, deu prejuízo de R$ 140,00 por hectare. Ou seja, o arrozeiro desembolsou mais para produzir do que o preço que recebeu. E os dados são referentes a março, quando a saca de 50 quilos do grão, em casca, valia R$ 41,00. Agora, está em R$ 35,00. Então, o prejuízo é maior ainda.

Intervenção

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Na próxima semana o governo federal deverá anunciar uma intervenção no mercado de arroz, promovendo leilões de PEP e Pepro, programas de comercialização que garantem o preço mínimo estabelecido em lei à saca de 50 quilos de arroz em casca. O padrão é de R$ 34,97 para o grão que representa o Tipo 1, que vai para o nosso prato. Numa safra que se gastou R$ 45,00 por saca produzida, receber R$ 34,97 (mais descontos), o prejuízo é altíssimo.

Volta ao passado

Com pelo menos 12 plantas daninhas resistentes e tolerantes ao glifosato e os mais altos custos de produção com cultivares RR, aumenta o número de sojicultores que voltam a plantar variedades convencionais. No Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, a área semeada por este sistema na safra 2017/18 chegará a 15%. Parece inexpressivo. mas o volume representa 1,2 milhão de hectares.

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Em todo o Brasil estima-se que apenas 6% da área, ou 2 milhões de hectares, são cultivados neste sistema. Mais de 90% da soja cultivada no Brasil é transgênica. Além de proteger a tecnologia nacional, o grande apelo das sementes tradicionais é o bônus de até R$ 15,00 pago por saca de 60 quilos na safra passada por compradores internacionais. O plus, em alguns casos, chegou a 20% do preço, o que não é pouco.

Colheita do tabaco

Estão avançados os preparativos para a Abertura Estadual da Colheita do Tabaco, no dia 20 de outubro, em Linha Estância Nova, no vizinho município de Venâncio Aires. O evento começa às 10h numa propriedade modelo de 10 hectares, e em seguida prosseguem no ginásio da comunidade, com almoço e atividades setoriais e culturais. São esperadas 300 pessoas, entre elas o governador José Ivo Sartori, que deverá participar da colheita simbólica.

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A atividade, promovida pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e Prefeitura de Venâncio Aires, antecipa as comemorações pela passagem do Dia do Produtor de Tabaco, comemorado em 28 de outubro nos três estados do Sul.

Clima

Previsão de fenômeno climático La Niña moderado avança e ainda está mantida a previsão de chuvas acima da média em outubro, com possibilidade de novos temporais e enchentes. É tudo o que o produtor de tabaco não precisa agora, quando já está em fase de colheita. A previsão ainda afeta o milho e o feijão da resteva, pois indica estiagem para o primeiro trimestre de 2018.

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