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O pêndulo do Relógio

Habemus episcopum

Agosto já se despede. E anuncia a primavera. Peculiar em nossa Santa Cruz das flores e querências. Da prenda e da fräulein. Mate, cerveja, cuca com linguiça e costelada churrasqueando no mesmo espeto. Uma festa, para quem é de outras paragens, este alemão falado que se ouve nas ruas; pelas bocas de velhas senhoras de olhos azuis. E o sotaque, tão típico…

Parece que a beleza fica mais exuberante no preparo da Oktober: festa do verde, amarelo, preto e vermelho. Juntos e misturados. Aquarela sob a chuva boa. Que desce rápido deixando na terra, que rega, o cheiro de vida plena. Tanto para os justos como para os não tanto… Quem pode julgar a misericórdia de Deus, minha gente?!…
Contemplar a troca de roupas da natureza é uma das mais belas formas de louvor. Liturgia inefável. Setembro renova as cores e até a esperança de que nós, brasileiros, de olhos fixos na crise política nacional, estamos tão precisadinhos… 

Sedentos de seriedade parlamentar, sob o sol e a chuva primaveris e em outros tempos, também… De compromisso e civilidade. Implorando ao Deus da vida – de joelhos no chão – para que o show de bola de nossa gente de todas as cores do arco-íris, na Olimpíada de 2016, contribua para o amadurecimento político do País. Ainda somos um povo que deixa muito a desejar. Uma nação de contrastes. Mas também de esperança, graças a Deus. Hoje, 31 de agosto, lembro-me de Raimundo Nonato. Santo nascido na Espanha de Teresa de Jesus, minha padroeira na vida consagrada.

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Tão malfalada no fim da vida, esta mulher que se tornaria a padroeira dos escritores… O Pêndulo cochicha que D. História se encarrega de botar os pingos nos is. Respondo ao mano, que Deus é mais… Raimundo – amante da Eucaristia – foi pastor de rebanhos. Elevado a pastor de almas. Particularmente, dos pequeninos e excluídos.
Em meus tempos de Salvador, costumava participar de missas na Igreja de São Raimundo. Aos cuidados das Irmãs de Nossa Senhora dos Humildes.

Fiquei feliz com a posse, domingo passado, do novo bispo: D. Aloísio Alberto Dilli, frade franciscano. Alvíssaras em tempos de papa Francisco, o jesuíta. Parabéns à coordenação de nossa querida diocese. Para a qual, em obediência religiosa, tive a honra de colaborar como articulista do jornal Integração. Lembro-me dos prelados antecessores. D. Alberto, D. Canísio Klaus e D. Sinésio Bohn: o responsável pela fundação do Mosteiro da Santíssima Trindade, em 1997. Tive a graça de professar, em 2012, meus eternos votos temporários, pelas mãos experientes de D. Canísio.

Hoje é dia da solidariedade. E da nutricionista. Meu particular carinho para Viviane Spacil e profissionais do Ana Nery e do Santa Cruz. Hospital onde o amigo–padrinho padre Loreno Konzen é o capelão. Sucessor de um poeta, o padre Álvaro Lenhardt: para lá de gente boa. Que São Raimundo Nonato, pelo dia de hoje, guarde nossa diocese. Dedicada ao precursor São João Batista. E também guarde o Brasil cidadão, que desejamos.

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