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O Pêndulo do Relógio

A marvada pinga!

Hoje, 13 de setembro, é o dia nacional da bebida alcoólica mais popular entre nós, filhos e filhas do Brasil. Caipirinhas, caipiroscas, batidas, para degustação…

Verdade, verdadeira. Desde 2010 se comemora a amarela perfumada, como resultado do projeto de lei do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC). E a valente beberagem faz parte da história da Terra de Vera e Santa Cruz. Crônica de muita luta e resistência contra a opressão portuguesa, no século XVII dos tempos coloniais.

Os veteranos vão se lembrar de uma canção na imortal voz de Inezita Barroso. “Eu fui numa festa no Rio Tietê… Eu lá fui chegando no amanhecê.. Lá me dero pinga pra mim bebê… Eu bebi demais e fiquei mamada… Eu caí no chão e fiquei deitada..  Ai eu fui pra casa de braço dado, ai de braço dado com dois sordado, oilai…”.

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Para quem não se recorda, a aguardente de cana – popularíssima no Brasil-Colônia – foi proibida pelos portugueses, indignados; a brasileirinha estava ganhando da bagaceira europeia, importada a peso de ouro, tamanho o peso dos crescentes impostos. 

A cachaça era mais saborosa, acessível a todos os bolsos… Mas desde que o mundo é mundo, interesses egoístas e escusos botam para correr o que ameaça e incomoda. E até a pinga, minha gente, se deu mal nos primórdios de seu sucesso…

No dia 13 de setembro de 1649, por intermédio de uma Carta Real, a Coroa proibiu – com todas as letras – a produção da bebida feita de cana-de-açúcar. Mas a ofensa não ficou sem resposta, não.

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Os fazendeiros e proprietários de alambiques, revoltados com as cobranças de impostos – e ainda por cima proibidos de vender a cachaça –, conseguiram tomar o poder, no Rio de Janeiro, a partir de 13 de setembro de 1661…

De volta ao status quo, cinco meses depois, os lusitanos rechaçaram o movimento com muita violência. Jerônimo Barbalho Bezerra, líder da revolta, foi enforcado, a cabeça exposta no pelourinho para que outros não voltassem a ter comichões revolucionárias.

O 13 de setembro, Dia Nacional da Cachaça, vale como comemoração da identidade e soberania brasileiras, relembrando os nefastos dias de dominação portuguesa.

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Mas cá entre nós… Cachaça de que alambique nos falta para voltarmos ao equilíbrio? É o que sussurra o Pêndulo do Relógio…

Que no Dia da Cachaça, 13 de setembro, o Altíssimo afaste de nós os sintomas que nos levam para longe do centro. Palavra que tem o mesmo som de seriedade, com diferente grafia. Tal assertiva conduz à reflexão. O Brasil vive um estado de “sentro”. 

Até parece, nesta era maluca de repetidos furacões morais no patropi – muito piores do que o recente que assolou Miami, na Flórida –, que o Brasil “tá embriagado e não conhece mais ninguém”… Caras-de-pau de esgoto arrebentam e a gente até parece que se acostuma com a fedentina.

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