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O PÊNDULO DO RELÓGIO

Dezembro dos dedos de Deus

Como é bonita nossa teuto-gauchinha Santa Cruz em dezembro! Hoje faltam 25 dias para 2017 dizer adeus e ir-se embora! Doze meses de máscaras quebradas e muito espanto.

Mas dezembro é tempo de esperança. E sonhar é preciso. Chegamos ao mês dos coquetéis iluminados por luzes natalinas; da lua cheia, mesmo que seja minguantinha; das formaturas; de fins de contratos; das transferências de alunos; de festas de despedidas para quem sai porque quer, ou de consolação para quem é mandado embora; de porres homéricos e planos para o futuro que nem sempre chega.

Dezembro é sempre tempo de esperança. De 13º salário para ativos e aposentados. De salões de beleza famintos porque a coisa não está fácil para ninguém. O turismo perde a cabeça de tanto girar para todos os lados em ofertas mirabolantes, disputando a sofisticação de melhores hotéis e excelentes passagens aéreas.

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Para os cristãos é pleno Advento marchando para o Segundo Domingo. A Coroa verdinha, herança de nossos queridos irmãos luteranos, já com a sua primeira vela acesa. Gosto quando todas as quatro são vermelhas. O tempo litúrgico é a ocasião propícia para aquela faxina espiritual. De arrancar a vaidade na contemplação da nudez do Menino. Refletir no que desejamos para o País – cada dia as coisas parecem mais complicadas – e para nossas vidas.

Também é mês de gente com fome de alimentos; de despejados que não têm para onde ir; de doentes em filas de espera; de anciãos depositados em asilos; de consumidores sem critério.

O Advento prepara o Natal do Senhor. Para Francisco, o criador do presépio e santo mais popular, a Festa das Festas celebra a vinda de Deus em uma criancinha pobre que traz a paz para todas as pessoas: a verdadeira certeza do amor do Pai por nós, os viventes. Deus se apequena e se identifica com os excluídos.

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O Natal bate à porta: data máxima de dezembro das festas de Largo, na Bahia negra de todos os santos. No ano de 2017, o racismo e a atrevida ignorância atingiram o máximo na guerra inconstitucional contra as religiões de matriz africana. Mártires tombaram assassinados pelos arautos do Divisor: lobos em peles de cordeiros que se intitulam seguidores de Jesus.

Dia 14 será o julgamento, no Tribunal Regional Federal de São Paulo, do recurso de sentença que concedera 18 horas de direito de resposta, no SBT, a adeptos do candomblé vilipendiados contra os repetidos insultos de membros da Igreja Universal proferidos na emissora. Há de fazer tempo bom na Avenida Paulista. É dezembro, minha gente! De jasmins perfumados e esperança de paz para todos os filhos do Criador.

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