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Coluna

Happy Hour

O cidadão que pague os impostos acompanhado os trágicos noticiários sobre inúmeros acidentes com mortes ou gravemente feridos nas estradas do País. Entra governo, sai governo e a situação das nossas estradas se deteriora. A alegação sempre é a mesma: não há verbas para a reforma ou para a construção de novas estradas.

Em caso de acidente grave por culpa do mau estado da rodovia, movendo um processo contra o Estado, o usuário fica desamparado pela morosidade da Justiça. A frota de automóveis aumentou assustadoramente, especialmente com o crédito fácil e o incentivo dos governos de Lula e Dilma. O trânsito das cidades virou um caos, e o estacionamento tornou-se problema sério.

No verão, cada final de semana, ao invés de ser motivo de alegria, torna-se um verdadeiro martírio para os motoristas e seus acompanhantes. Imensas filas se formam, causando um engarrafamento de quilômetros para chegar à praia. Num desses dias de inverno de cerração baixa, deixei meu carro no estacionamento do Salgado Filho. Voltei de uma viagem ao Nordeste à noite. Poderia ter ficado num hotel, mas optei por retornar a Santa Cruz. A saudade dos familiares fala mais alto nessas horas. Não esperava tanta dificuldade na viagem. Foi um verdadeiro martírio.

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Minha visão da estrada estava comprometida. A cerração permitia que visualizasse somente alguns metros à frente. Além de a sinalização ser precária, a pintura da divisão da pista estava apagada. A ausência dos “olhos de gato” dificulta extremamente a visão à noite. A manutenção deveria ser permanente e a sua falta é a principal causa dessa precariedade. Acontece tanto na BR–386 como na RSC–287. Tenho saudade da antiga concessionária, a Santa Cruz Rodovias, que antecedeu a EGR na RSC–287. A manutenção e a sinalização eram impecáveis e dava gosto de dirigir, apesar de ter somente duas pistas. A EGR, infelizmente, foi um desastre implantado pelo ideológico governo de Tarso Genro.

Esse abandono das nossas estradas acontece em todo o Brasil. O governo não faz sua parte. Os gastos com a máquina pública e a corrupção generalizada consomem com os impostos pagos pelos contribuintes. Não sobram mais verbas para os investimentos. Deltan Dallagnol, coordenador da “força-tarefa” da Operação Lava Jato, comparou a corrupção a um assassino em série, “que mata sorrateiramente milhares de pessoas nas estradas esburacadas, hospitais sem remédios e ruas sem segurança”. Essa é a principal causa do abandono das nossas estradas. Falta dinheiro para os investimentos e sobra para os roubos sistematizados dos corruptos. Sem uma reforma política profunda, nada mudará nesse sistema que apodreceu. O nosso Estado virou um gigantesco Departamento de Pessoal, cujo chefe é o governador José Sartori. Não sobra um centavo para investimentos. Foi a herança que recebeu de governos passados. Será que esse cenário não acontecerá futuramente nas prefeituras?

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