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Santa Cruz do Sul

Ambulatório é registrado como Hospital de Campanha e terá leitos de UTI

Foto: Alencar da Rosa

Há um mês em operação, o Ambulatório de Campanha montado no Ginásio Poliesportivo, no Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul, agora é um Hospital de Campanha. A certificação já está valendo e garantirá que a unidade possa receber verbas federais, segundo a diretora de Saúde do município, Raquel Rozeno.

Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta sexta-feira, 24, ela informou que a ideia inicial era que o ambulatório atendesse apenas os casos de sintomas respiratórios, mas, por orientação do governo, para receber recursos, a unidade precisava passar por alterações e se transformar em hospital.

“No nosso projeto inicial já estávamos bem estruturados, mas as pequenas alterações foram feitas e somos oficialmente um Hospital de Campanha. Na verdade, a diferença maior é o registro mesmo, porque, já no nosso projeto inicial, sempre fizemos o melhor possível. Desde lá, montamos [a estrutura] pensando em um hospital de campanha”, explicou, afirmando que só precisou ser alterada uma questão de fluxo interno para que o local se enquadrasse em todos os requisitos.

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Outra grande mudança é relacionada à instalação de leitos de UTI no local, outro passo das melhorias implantadas. Esta etapa ainda está pendente de aprovação, como explicou Raquel Rozeno.

“No momento que a gente tiver habilitação para UTI, estaremos recebendo do Estado equipamentos necessários. A nossa ideia não é competir com ninguém, pelo contrário. Que os nossos hospitais possam fazer o trabalho deles sem se sobrecarregar, mas caso estejam sobrecarregados, estaremos aqui para apoiar. Em caso dos hospitais estarem lotados, o Hospital de Campanha se torna referência para internação de UTI.”

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Se não houver superlotação dos hospitais, a unidade é referência apenas para observação e sintomas respiratórios. “A gente continua prestando o mesmo atendimento, só vai mudar mesmo é a questão de podermos ser referência na internação”, disse a diretora de Saúde.

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Demanda crescente

Neste primeiro mês de atendimento no Hospital de Campanha, foram cerca de 440 atendimentos, com demanda crescente, segundo Raquel. “A cada hora e meia a gente está atendendo uma pessoa com sintomas de coronavírus, e a cada dia este número está aumentando, a demanda está crescendo.”

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Durante a entrevista à Rádio Gazeta, ela ressaltou o trabalho de quem atua na unidade: “Agradeço por poder falar em nome de todos os profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19, [quando digo] que a gente pede um pouco de cautela quando as pessoas vão fazer algum pronunciamento, falar sobre o nosso atendimento, porque temos profissionais muito dedicados aqui dentro, que não estão tendo fim de semana ou feriado, que estão tendo mínimo contato com os próprios familiares para poder trazer essa segurança para a população de Santa Cruz”, afirmou.

Ela destacou ainda que o município ter um dos menores índices de infecção pelo novo coronavírus no Estado é resultado das ações promovidas desde o início. “Todas as medidas que fizemos até o momento podem parecer exagero para alguns, mas é graças a elas que não temos um número grande de infectados em Santa Cruz. Estamos nos baseando em dados científicos, estamos estudando, discutindo com o gabinete de emergência. Nenhuma decisão é arbitrária ou sem embasamento. Então, pedimos a população que nos ajudem a controlar essa doença”, finalizou.

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Manejo de corpos

Seguindo as orientações do Ministério da Saúde e da Anvisa, Santa Cruz do Sul já está preparada também para o manejo de corpos durante a pandemia da Covid-19. Isso porque os profissionais já passaram por capacitação, conforme a diretora de Saúde Raquel Rozeno, além de hospitais e funerárias estarem cientes das orientações.

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Uma das principais mudanças sentidas, conforme Raquel, é a ausência de velórios, para evitar aglomerações e contágio da doença. “A pedido do secretário de Saúde já estamos pensando nisso há algum tempo e a gente está preparando todo um protocolo de atendimento”, disse.

Colaborou o jornalista Ronaldo Falkenback.

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