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Grevistas marcam atos para reforçar a mobilização

Os números da greve anunciada pelo Cpers/Sindicato na última terça-feira começaram a surgir ontem. Conforme levantamento da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), 21,8% das escolas estaduais aderiram ao movimento em todo o Rio Grande do Sul. São 560 de 2.568 instituições de ensino. O governo estadual anunciou que depositaria R$ 170,00 até o fim da tarde de ontem na conta dos servidores. A diretora do 18º Núcleo do Cpers/Sindicato, Cira Kaufmann, afirmou que não recebeu o valor.

Em relação ao anúncio da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), que projeta o pagamento de R$ 280,00 amanhã, Cira acredita que trata-se de uma manobra para desmobilizar o movimento. Ela ressalta que o apoio maciço de estudantes surpreendeu o governo, que tentou dar uma resposta aos grevistas. A diretora ainda salienta que, além do menor valor depositado até agora durante o período de parcelamento de salários, a categoria também desencadeou os protestos em função da falta de reposição salarial e pagamentos abaixo do piso.

Conforme o Palácio Piratini, o pagamento da totalidade das remunerações deverá ser concluído até o dia 13 de setembro. Para os próximos meses, as projeções são ainda piores. Conforme estimativas do próprio governo, o parcelamento dos salários não só continuará, como as primeiras faixas seguirão baixas – e poderão ficar ainda abaixo dos R$ 350 de agosto. Outra pauta da greve é a retirada de projetos em tramitação na Assembleia Legislativa (PECs 261, 257, 242, 258 e do PL 148), que alteram a aposentadoria de servidores públicos, a data de pagamentos e extinguem a licença-prêmio e o adicional por tempo de serviço.

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A semana começará com um ato promovido por estudantes, na segunda-feira, às 9h30. O local ainda não foi definido, devido à previsão de chuva. Na terça-feira, membros do 18º Núcleo estarão na Praça da Matriz, em Porto Alegre, para participar de um ato do Cpers às 10 horas. Grupos de professores que aderiram à greve já iniciaram visitas às escolas com a intenção de fortalecer a mobilização. “Estamos lutando pelo fim dos parcelamentos, pela reposição salarial, retirada das PECs na Assembleia Legislativa e contra o empobrecimento da educação no Estado. O governo vai tentar criar manobras, mas garanto que não haverá uma desmobilização”, disse Cira.

Situação na região

Santa Cruz do Sul
Affonso Pedro Rabuske – Professores decidiram se reunir somente na segunda-feira.
Alfredo José Kliemann – A escola permanece funcionando.
Bruno Agnes – A adesão foi de oito professores. Seis deles são de disciplinas específicas. Dois funcionários também não estão trabalhando.
Ernesto Alves de Oliveira – Na segunda-feira, haverá reunião sobre o assunto. A projeção é de que os professores tenham liberdade para aderir ou não.
Estado de Goiás – A maioria dos professores e funcionários irá aderir. O número total será fechado na segunda-feira.
Felippe Jacobs – Adesão total à greve. Escola está fechada.
Gaspar Bartholomay – Nenhum docente vai aderir.
José Mânica – A adesão foi de 40 professores e sete funcionários.
José Wilke – Nenhum professor fará greve.
Nossa Senhora de Fátima – Educadores decidiram se reunir somente na segunda-feira.
Nossa Senhora do Rosário – Todos os professores farão greve, e a escola estará fechada a partir de segunda-feira.
Petituba – Docentes decidiram trabalhar com períodos reduzidos. Apenas uma professora dos anos iniciais seguirá com o horário normal.
Professor Luiz Dourado – Por enquanto, seis professores aderiram. Há uma projeção de que o número possa chegar a 17 na segunda-feira.
Santa Cruz – Adesão total à greve. Não haverá participação da escola no desfile cívico.
Willy Carlos Fröhlich (Polivalente) – A maior parte dos professores e funcionários irá aderir a partir da segunda-feira.

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Candelária
Gastão Bragatti Lepage – A escola não fará greve, vai funcionar normalmente. 
Guia Lopes – Docentes do turno da manhã aderiram. Os da tarde e noite ainda irão decidir.
Professor Penedo – Educadores decidiram se reunir somente na segunda-feira.

Encruzilhada do Sul
Borges de Medeiros – Professores decidiram continuar trabalhando, mas com períodos reduzidos.
Gomercinda Dornelles Fontoura – Professores decidiram continuar trabalhando, mas com períodos reduzidos.

Mato Leitão
Poncho Verde – Professores decidiram se reunir somente na segunda-feira.

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Pantano Grande
Pedro Nunes de Oliveira – A direção estima que a adesão foi de 95% dos educadores.

Passo do Sobrado
Alexandrino de Alencar – Professores decidiram se reunir somente na segunda-feira.

Rio Pardo
Biagio Soares Tarantino (Polivalente) – Apenas dois educadores seguem trabalhando. São turmas em que não há troca de professor a cada período.
Ernesto Alves – A adesão foi de três docentes. O restante segue com as aulas normalmente.
Fortaleza – Apenas quatro funcionários e três professores aderiram. O restante trabalha normalmente.
Pedro Alexandrino de Borba – Professores decidiram se reunir somente na segunda-feira.

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Sinimbu
Frederico Kops – Professores decidiram se reunir somente na segunda-feira.

Vale do Sol
Guilherme Fischer – Apenas dois educadores decidiram parar em função da falta de dinheiro para o transporte até a escola.

Vale Verde
Curupaiti – Reunião dos professores na tarde de segunda-feira vai decidir posição da escola. Alunos farão protestos no Centro na manhã de segunda-feira para demonstrar apoio à mobilização.

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Venâncio Aires
Cônego Albino Juchem – Adesão total à greve.
  
Crescer – Só a equipe diretiva, os funcionários e dois professores seguem trabalhando.
Monte das Tabocas – Adesão total à greve.

Vera Cruz
Vera Cruz – Docentes irão se reunir hoje, antes do desfile cívico, para tomar uma decisão.

Paraguaçu – Nenhum professor fará greve.

Tenente José Jerônimo Mesquita – Nenhum professor fará greve.

Estudantes apoiam professores em protesto

*por Natany Borges

“Unificou: é estudante, funcionário e professor!” Um dos principais gritos de guerra do protesto organizado pelos alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora do Rosário retratou o clima de apoio concedido aos educadores na manhã dessa quarta-feira, 6. Munidos de cartazes com frases como “Sartori, cadê o salário da minha professora?”, 150 estudantes, acompanhados dos educadores, fizeram a volta na quadra da instituição, localizada no Bairro Independência, e organizaram dois rápidos bloqueios na Avenida Independência. 


Alunos percorreram ruas das imediações da escola | Foto: Lula Helfer

“Antes de ir para a rua, tivemos uma conversa longa com os professores. Estamos indignados. A lei não está sendo cumprida”, disse uma das líderes do movimento e representante do grêmio estudantil, Inaeli Lopes, 17 anos. Orgulhosa dos alunos, a professora de História e Sociologia Lisliane Cardozo fez questão de acrescentar que eles não foram “incentivados” a ir para a rua. A iniciativa foi espontânea. “Eles são críticos e estão dando uma prova do espírito de coletividade”, complementou.

Decepcionada com o cenário, a professora de matemática Ana Fernanda Rech afirmou que, desde o início da semana, o assunto foi pauta em sala de aula. “Os alunos já estavam perguntando se iríamos tomar alguma atitude.”

A partir da segunda-feira, a escola estará fechada. A paralisação foi decidida em reunião na tarde de ontem entre representantes do Cpers/Sindicato e professores. Não há previsão de retorno às aulas. 

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