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ARTIGO DE OPINIÃO

SOS Saúde, Segurança e Educação do RS!

Por Mara Erpen, professora

A região de Brumadinho e o mundo inteiro – em 25 de janeiro do corrente ano – sofreram com uma grande tragédia. Até o momento, mais de 250 corpos de seres humanos já foram encontrados. A flora e a fauna da região também foram severamente atingidas, centenas de milhares de espécies viraram uma massa amorfa de lama negra. De acordo com diversos noticiários, houve o alerta, mas ele foi desconsiderado… Mas você deve estar se perguntando o que este desastre de dimensões humanas e socioambientais pavorosas tem a ver com a educação, com justiça e com a ética.

O dinheiro desviado impunemente, o remédio que não chega ao destino certo, a obra superfaturada, a vaga indisponível no hospital, a falta de segurança, a falta de moradia, de canalização adequada, a falta de emprego… também fazem adoecer e podem apressar ou levar à morte.

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A morte física é uma fatalidade, que possivelmente poderia ter sido evitada em Brumadinho, por exemplo, se houvessem ouvido o alerta dos especialistas, segundo informações fortemente divulgadas pelas mídias.
Todos os dias, os profissionais da saúde sofrem junto – e morrem um pouquinho – ao ver os pacientes em filas intermináveis de espera e corredores, com situações que, na maioria das vezes, não precisariam ter o final trágico que têm.

Pessoas que saem de suas casas e violentamente são assaltadas e mortas também fazem sangrar o coração do policial que não consegue combater tanta demanda de criminalidade. Bandidos que têm armas mais potentes que os próprios policiais?

Não, não se mata alguém somente quando a morte física se abate sobre o corpo, seja por que causa ou motivo for… Também se mata, e com requintes de crueldade, toda vez que os DIREITOS previstos na Constituição são suprimidos, são desrespeitados; quando a sonegação de impostos desfila lindamente na passarela, camuflada de “isenção”, dando ares de “lisura” ao processo lamacento.

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Há poucos anos atrás, a educação era reservada à elite da sociedade. Do jeito que as coisas estão indo, não levaremos muito tempo para que este modelo vigore novamente e com a complacência de todos: quem cala consente! TUDO perpassa pela educação de qualidade! Países que investem em educação de qualidade não precisam investir em presídios; não precisam acorrentar presos nas ruas. A violência tende a dar espaço à gentileza e à empatia.

A educação de qualidade é a mãe de todas as profissões/funções, é a matriarca de todos os países que querem crescer e se destacar de forma positiva. É o carro-chefe de quem tem ética e respeito pelo outro. Já ouvi pais falarem que, entre darem algo supérfluo ou um livro a seus filhos, optam pela segunda escolha.

Sim, mata-se de forma vil e covardemente quando nós, sociedade, CALAMOS mediante um pacote de medidas estipuladas pelo governo que, na calada das férias – estrategicamente –, retira direitos adquiridos brava e eticamente – Constituição Federal Art. 5°, XXXVI –, usa o direito à manifestação – a greve – para repudiar a classe e, de quebra, tenta inverter os papéis, dizendo que é uma greve “sem justificativas”. Quem acredita que somente mexendo nos mínimos salários do funcionalismo a máquina pública irá crescer? Acorda, Rio Grande!

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Mata-se, com sutileza, ao aprovar um projeto destes – com politicagens e “umbiguices” verticais, em que quem “está” em cima, momentaneamente, acha que pode cuspir no prato que o alimentou para chegar aos seus objetivos: o poder!

A barragem de rejeitos do governo está prestes a explodir… Que bom que os alertas sobre caso não estão entre quatro paredes! Estão “bombando” nas redes sociais! Apoiadores de todos os cantos estão com os alertas de suas sirenes no volume máximo! SOS, RS!

A primeira “fatia” do bolo já tem endereço: a educação, o funcionalismo público! A segunda, nós não sabemos a quem será destinada… Mas, não, nós não fomos educados para aceitar rejeitos!! Tivemos excelentes mestres e vamos lutar para continuar a tê-los!

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Sociedade? Presente! Professores? Presentes! Ainda mais unidos, lúcidos e extremamente atentos a quaisquer canetas que se atrevam a soterrar a educação pública do RS.

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