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Na escola

Protagonismo juvenil em ação

A turma toda estava atenta. E uma da alunas mais motivadas era Haanya Silveira, de 14 anos. Depois de receber o convite de que haveria quatro vagas para participar de um projeto na escola, ela foi a primeira a erguer o braço e dizer: “Eu quero”. 

Haanya é daquelas meninas que surpreendem por vários motivos. É carismática, tem olhos vibrantes e curiosos e opina sobre tudo. Depois dela, outras três colegas juntaram-se a ela e formaram a equipe:  Letícia Hirsch, Débora Pranke e Tainá Kesseler. E surgiu então a ideia de se trabalhar um tema que elas consideram de fundamental importância na sala de aula: sexualidade. “A gente precisa conversar sobre isso na escola, porque em casa a gente quase não fala com os pais”, justificou ela. 

Hannya estava certa. Prova disso foi a urna que criaram para que os demais estudantes de todas as turmas pudessem depositar suas dúvidas a respeito do tema. “Me surpreendi porque achei que os alunos não fossem falar sobre o assunto, mas foi muito produtivo quando passamos nas turmas e debatemos juntos”, comentou. Agora, a próxima iniciativa será o encontro com uma profissional da psicologia para debater sobre os questionamentos levantados pelas crianças e adolescentes. 
 
Um deles, por exemplo, é o da menina Dienifer Assis, de apenas 10 anos. “Minha mãe me diz que não é pra começar a namorar muito cedo. Mas com que idade a gente pode começar a namorar?”, pergunta ela. 

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REFLEXÃO

Outro assunto que provocou uma boa discussão foi a gravidez na adolescência. Depois de discutirem sobre o tema, a ação que mobilizou parte da instituição de ensino foi a distribuição de mudas de uma espécie de flor. “Cada dupla de alunos recebeu uma muda e teria que cuidar do seu desenvolvimento”, justificou a professora Adriane Eloísa Gaspari, coordenadora do projeto Cidadãos do Presente na instituição. Agora, com a plantinha já crescida, os estudantes foram então questionados: “Que comparação podemos estabelecer com esta experiência em relação ao cuidado de um filho?”

CIDADÃOS

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A ação desenvolvida na Escola Municipal Guido Herberts, do Bairro Várzea, de Santa Cruz, está acontecendo por meio do projeto Cidadãos do Presente. Vinculado ao Palco do Saber, por meio do Instituto PalavrAções, outras 20 instituições de ensino participam do Cidadãos. Em novembro, em data a ser definida, todas as escolas participantes terão a oportunidade de confraternizar sobre suas ações, por meio da Feira das Boas Práticas. Além de sexualidade, temas como bullying, drogadição, sustentabilidade e discriminação racial e de gênero também são trabalhados. 

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