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Santa Cruz do Sul

Aposentado, Tinga troca gramados por quadra de padel

Ao invés de ver Tinga com a bola nos pés, armando jogadas em velocidade, driblando e marcando o adversário, quem foi assisti-lo jogar na quadra de padel da sede campestre do Clube União, em Santa Cruz, viu o experiente volante com um pouco menos de habilidade quando o esporte exige uma raquete e é disputado com as mãos. Fã de beach tennis, o jogador acabou se interessou pelo padel recentemente, decidiu fazer aulas e acabou chamado para participar do torneio na cidade, convite que foi aprontamente aceito.   

“Como eu tenho amigos em Santa Cruz também e tinha um evento da Apae no sábado (almoço beneficente no Country Club), resolvi aproveitar. Está sendo um prazer poder fazer coisas que quando eu jogava, quando ainda não era um aposentado, não dava pra fazer”, contou Tinga. “Sempre gosto de aprender coisas novas. Está sendo legal”, completou. 

Ao Portal Gaz, Tinga falou como está sua vida após ter “pendurado as chuteiras”. O jogador voltou a estudar – pretende terminar o Ensino Médio. Além disso, trabalha em sua agência de turismo e ministra palestras. “Achei que eu ia ter um pouco de descanso, mas estou trabalhando mais do que quando eu jogava”, brincou, afirmando em seguida que está “muito feliz no momento”.  “Difícil é decidir a hora de parar. Lógico que eu tenho que agradecer ao futebol por tudo que me proporcionou, mas eu sempre pensei que o futebol é só uma parte, a vida do ser humano é maior do que o futebol e a profissão. Só parei de jogar, mas continuo o mesmo ser humano”, explicou, quando questionado sobre a decisão de se aposentar. “Nunca coloquei o futebol acima de tudo”, complementou. 

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Apesar de já ter declarado anteriormente sua vontade de se tornar uma espécie de executivo de futebol, o jogador despistou e afirmou que prefere não planejar o futuro. “Não faço planos na minha vida. Se Deus fosse realizar os meus planos, eu não estaria aqui hoje. O que eu imaginei não é 10% do que eu tive na minha vida, Deus fez muito mais. Não quero fazer planos. Lógico, vou me preparar. Estudar, me aperfeiçoar, fazer tudo que eu puder fazer, para, caso apareça uma oportunidade e for pertinente, eu estar pronto”, finalizou o jogador.

Trajetória

Tinga foi criado na Restinga, em Porto Alegre, bairro que lhe rendeu o apelido pelo qual ficou conhecido no mundo da bola. Colorado fanático desde a infância, foi no Grêmio que ele chance de começar no futebol nas categorias de base. Na época, jogava com Ronaldinho Gaúcho, e chamava atenção por ser um atleta de velocidade, com dribles rápidos. 

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Foi no Grêmio também que o jogador começou sua carreira como profissional. Com o Tricolor, ganhou duas Copas do Brasil, em 1997 e 2001, e conquistou dois Gauchões, em 1999 e 2001. Do clube gaúcho foi para o Kawasaki Frontale, do Japão. Atuou ainda no Botafogo e no Sporting, de Portugal, antes de ser contratado pelo Inter. E foi com a camisa do Colorado que viveu o ápice de sua carreira. Conquistou a Libertadores de 2006 e marcou o segundo gol do empate por 2 a 2 com o São Paulo no Beira-Rio. Ficou um tempo no  Borussia Dortmund, na Alemanha, onde tornou-se ídolo. 

Em 2010, voltou ao Brasil para jogar novamente pelo Inter – e ganhar mais uma Libertadores. Do Colorado, Tinga rumou para seu último destino como jogador: o Cruzeiro, onde ganharia dois Brasileiros, títulos que não tinha no currículo. 

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