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BASQUETE

Título da Pitt/Corinthians completa 27 anos; veja como estão os personagens da conquista

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

Foto: Inor Assmann

Uma conquista histórica para Santa Cruz do Sul completa 27 anos neste dia 17 de abril. A equipe da Pitt/Corinthians conquistou o título brasileiro de basquete, em 1994. A decisão contra o Satierf/Sabesp/Franca foi no Ginásio Tesourinha, em Porto Alegre. Vitória por 99 a 92 e festa pela primeira conquista de um gaúcho no torneio mais importante do País.

Como registrou o treinador Ary Vidal à época, os 12 atletas “condenados” à derrota, do incrível exército de Brancaleone, estavam “absolvidos”. O clube santa-cruzense ainda seria vice da Liga Nacional em 1996 e 1997. Os detalhes do período de sete anos do técnico à frente do Corinthians estão detalhados no livro Corinthians do Ary Vidal, de autoria do jornalista Guilherme Mazui Roesler, lançado pela Editora Gazeta em abril de 2019.

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O treinador faleceu em 2013, aos 77 anos, e virou nome de rua em Santa Cruz. O auxiliar Waldir Boccardo morreu em 2018, aos 82 anos. Para marcar a data festiva, entramos em contato com personagens da façanha eternizada na história de Santa Cruz do Sul.

Como estão os personagens da conquista

Joel (pivô)

Mora em Santo André, no ABC Paulista, e tem 57 anos. Está no ramo de construção civil, com uma empresa para locação de equipamentos. “É muito bom lembrar de nossa conquista. Foi um momento que não se apaga de nossas memórias. Ficamos muito felizes de ganhar o campeonato e de fazer feliz a população de uma cidade e até do Estado todo. Levantar a taça foi uma satisfação muito grande. Tivemos uma recepção inesquecível na chegada. O que conseguimos com o nosso time foi realmente marcante.”

Ivan Poll (ala-pivô)

Mora em Santa Cruz e trabalha na empresa da família, aos 50 anos. Para o ex-atleta, a data traz ótimas lembranças. “O elenco montado para aquela temporada não empolgou no início, pela falta de jogadores de renome do cenário nacional. Existia uma certa desconfiança com a qualidade da equipe. À medida que superávamos obstáculos, fomos ganhando confiança e passando energia à torcida, que teve papel importantíssimo. Nenhum outro período mobilizou a comunidade santa-cruzense dessa forma.”

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Carlos Nóbrega (pivô)

Tem 45 anos e vive em Montevidéu. É casado com Lorena Morillo e tem uma filha de 9 anos, a Agustína. Atualmente, trabalha na área de seguros privados no setor bancário. Para ele, é difícil explicar o que a conquista representa. “Foi importante para o basquete gaúcho e provou que, com trabalho e boa estrutura, dá para competir de igual para igual com equipes do eixo Rio-São Paulo. Para mim, abriu muitas portas no pessoal e profissional. Foi um março para Santa Cruz do Sul ficar na história do basquete brasileiro.”

Edu Gato (ala)

Está com 57 anos e tornou-se empresário no ramo de estacionamentos, em Curitiba. Também é proprietário de uma empresa de higiene e materiais descartáveis, como luvas, máscaras e produção de álcool líquido e em gel. “A conquista representa um marco na minha carreira. Tenho convicção de que isso aconteceu para todos os colegas. Um dos principais responsáveis pela conquista foi o Waldir Boccardo, um profundo conhecedor do jogo.”

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Alexandre Cruxen (ala-pivô)

Aos 58 anos, é casado e tem dois filhos. Natural de Caxias do Sul, atua como gestor de Eventos Esportivos da Gazeta Grupo de Comunicações. Formado em Educação Física na Unisc, escolheu Santa Cruz do Sul para morar. Contou as memórias de sua carreira no livro Ala-pivô, lançado em 2012 pela Editora Gazeta. Vive a recordação do título toda vez que encontra algum torcedor. “Minha relação com a comunidade é muito positiva. O título nos levou a um patamar de respeito e admiração, o que nos ajuda em várias frentes.”

Fernando Larralde (supervisor)

Está aposentado, com 74 anos, e ainda mora em Santa Cruz do Sul. Para ele, o título abriu portas para o Brasil e Américas. O uruguaio era treinador e se transformou em um grande gerente, reconhecido por todos. “O título brasileiro com o Corinthians foi importante para a minha carreira profissional. Sou muito grato.”

Marcionílio (pivô)

Mora em Angra dos Reis, no litoral fluminense, e trabalha como professor de Educação Física, aos 51 anos. “Dias atrás, recebi uma foto do time. No momento que vi, meu coração sorriu. Um sentimento de alegria e boas lembranças. Um grande sorriso de dever cumprido.”

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Oldair (armador)

Tem 55 anos e mora em Angra dos Reis. É casado e tem uma filha. Como professor de Educação Física, atua em uma academia e dá aulas de basquete. “A conquista foi maravilhosa. A formação daquele grupo foi fantástica. Ainda com um técnico que havia sido campeão no Pan-Americano.”

Alvin Frederick (ala)

Com 58 anos, trabalha em Richmond, nos Estados Unidos, em uma unidade psiquiátrica para pessoas com problemas de saúde mental. É casado e tem duas filhas, de 23 e 27 anos. “O título foi um grande momento para mim. Tenho muita estima por meus companheiros e também pelos fãs de Santa Cruz.”

Brent Merritt (ala)

Está com 52 anos. É treinador de basquete e assistente de direção atlética em uma escola de ensino médio de Seattle, nos Estados Unidos. “A data em que conquistamos o título ficou marcada para o resto da minha vida com muito amor. Eu amo meus irmãos do time e tenho uma saudade tremenda daquilo tudo.”

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Luciano Hillesheim (massagista e mordomo)

Com 53 anos, está de volta a Santa Cruz do Sul após seis anos e trabalha no União Corinthians, a atual equipe santa-cruzense de basquete profissional. “É uma satisfação lembrar da conquista em mais um ano. Foi um grande fato para a cidade e o Estado também. Tenho a agradecer por ter feito parte. Está muito viva na memória. Tive a oportunidade de voltar e trabalhar com o basquete, é um prazer estar neste novo projeto. Depois de muito tempo, voltamos a jogar o Brasileiro. Aqui me sinto em casa. O basquete foi o ápice da minha carreira, o título me abriu muitas portas.”

Leandro Burgos (preparador físico)

Está aposentado do departamento de Educação Física da Unisc. Ta m b é m é e x -bancário. Atuou no futebol, com a Associação Santa Cruz de Futebol. Atualmente, aos 74 anos, é proprietário e administrador da academia Precor. “Quando um grupo de homens de princípios elevados se une em busca de um objetivo comum e especial, não há obstáculo que não possa ser ultrapassado. Mesmo aqueles considerados insuperáveis. Ao final de tudo, essa inesgotável determinação terá como única consequência a vitória.”

João Batista (armador)

Mora no Rio de Janeiro. É técnico do sub-19 e do time adulto do Botafogo, no Brasileiro de Clubes. Mantém vínculo com Santa Cruz por ter familiares na cidade. Está com 58 anos. “Sempre que chega essa data é a mesma coisa que senti quando conquistamos o título tão almejado, tão suado e tão trabalhado. Senti a redenção naquele momento. Não só por ser um dos 12 condenados do Ary Vidal, mas pelo que fui fazer em Santa Cruz. Comentei com a mãe da minha filha, namorada na época, que iria fazer história no Ginásio Poliesportivo quando o vi pela primeira vez.”

Sílvio Carioca (pivô)

Com 57 anos, transformou-se em empresário e chef, à frente do restaurante República das Bananas há 25 anos na praia de Boiçucanga, em São Sebastião, no litoral paulista. “O ano de 1994 jamais será apagado. Muitos consideravam que havíamos passado do tempo. Ninguém acreditava, mas demos a resposta. Tinha gente do lado de fora do ginásio nos jogos, nos dando força. A nossa união foi fundamental. O Luciano (Hillesheim) foi o 13º jogador. Entramos para a história do basquete nacional. Sou muito grato a todos e deixo um abraço ao povo de Santa Cruz.”

Almir (ala)

Tem 62 anos. Atualmente trabalha como supervisor de fábrica na Surgitextil, que trabalha com material cirúrgico. Também faz um projeto social que distribui cestas básicas para pessoas de comunidades carentes no Rio de Janeiro. “A conquista do título brasileiro significa a maior de um grupo e de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Nós ficaremos para sempre na memória do basquete brasileiro e de Santa Cruz do Sul. Amo esse lugar, onde fui sempre feliz. Parabéns a todas as pessoas de Santa Cruz que fizeram parte dessa história.”

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