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Especial

GRE-NAL NA FINAL: Nos pênaltis, Inter conquista título de maneira emocionante em 2011

Grêmio e Internacional decidem a partir do próximo domingo, 26, mais uma edição do Campeonato Gaúcho. E o retrospecto entre as duas equipes em decisões mostra um enorme equilíbrio. Até hoje, a dupla Gre-Nal se encontrou em 36 finais de Gauchão, com 18 conquistas para cada lado. Mais do que o desempate, o duelo deste ano tem significados diferentes para ambos. Enquanto o Tricolor busca quebrar o jejum de títulos no Estadual, o Colorado quer aumentar sua hegemonia no Rio Grande do Sul.

Para entrar no clima do maior clássico do Sul do país, o Portal Gaz está relembrando desde a última terça-feira, 21, como foram as seis últimas decisões entre os dois clubes. Neste sábado, 25, vamos mostrar como foi a decisão do Gauchão de 2011, uma das mais emocionantes da história. O Inter chegou ao seu 40º título estadual nos pênaltis. Todos os dias, até a data da primeira partida da grande final, os leitores poderão mergulhar no tempo e lembrar como foi o desempenho do seu time nas ocasiões.

1997 – A arrancada de Fabiano 
1999 – Surge um novo craque: Ronaldinho Gaúcho
2006 – A nuca salvadora de Pedro Júnior
2010 – A vez dos “Meninos da Azenha”

2011 – Virada emocionante e conquista colorada nos pênaltis
2014 – Massacre vermelho em Caxias do Sul

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Campeonato Gaúcho 2011

A alcunha de “Ruralito” serviria muito bem para a edição do Gauchão de 2011. Pela segunda vez na história, Grêmio e Inter entraram na competição com outras prioridades. As duas equipes estavam juntas na Taça Libertadores, o que só havia acontecido em 2007. Por isso, o título estadual estava longe de ser o maior objetivo tanto no Olímpico quanto no Beira-Rio. A dupla abusou do uso de times mistos e reservas em diversas rodadas. Na Taça Piratini, o Grêmio levou a melhor, derrotando o Caxias nos pênaltis, em uma sofrida final. Já o Inter parou no meio do caminho, sendo eliminado pelo recém-promovido Cruzeiro de Porto Alegre, também nos pênaltis

Já na Taça Farroupilha, pesou a maratona de jogos. Inter e principalmente o Grêmio perderam pontos bobos e fizeram campanhas apenas razoáveis. Ainda assim, classificaram-se sem sustos para a final. O Inter despachou Santa Cruz e Juventude, enquanto o Grêmio eliminou Ypiranga de Erechim e o Cruzeiro. Por ter feito melhor campanha no segundo turno, o Inter ganhou o direito de decidir a Taça Farroupilha em casa. Em um jogo feio, o Colorado levou a melhor nos pênaltis e impediu que o Grêmio conquistasse o Gauchão de maneira antecipada.

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Assim como ocorreu em 2010, o Tricolor teria a vantagem de decidir em casa. Desta vez, o Gauchão virou prioridade total, a salvação do primeiro semestre para as duas equipes. Grêmio e Inter foram eliminados por Universidad Católica e Peñarol, respectivamente, nas oitavas de final da Libertadores, e enxergavam no Estadual, um prêmio de consolação. Na partida de ida, muita chuva e público pequeno no Beira-Rio. O jogo foi uma síntese do que vinha sendo a temporada da dupla Gre-Nal: ataques efetivos e defesas inseguras. Com dois gols idênticos de Júnior Viçosa, o Grêmio errou menos e venceu de virada por 3 a 2.

A boa vitória no jogo de ida fez a torcida gremista encher o Olímpico. Os colorados também compareceram em bom número, acreditando em um “milagre”. Mas ninguém imaginava que a grande decisão tivesse contornos épicos. Empurrado por 45 mil torcedores, o Grêmio começou o jogo amassando o Inter. E com 15 minutos, aproveitando uma falha de marcação do Inter, Lúcio abriu o placar para o Tricolor, aumentando ainda mais a vantagem. E a superioridade se manteve pelos minutos seguintes. Aos gritos de “olé”, o Grêmio perdia chances de matar o jogo ainda na etapa inicial. E pagou caro por isso.

Vendo o seu time ser massacrado, Paulo Roberto Falcão desfez o criticado esquema 3-6-1. Sacou Juan e colocou o atacante Zé Roberto, que nada havia feito com a camisa colorada até então. E não é que o reserva mudou completamente o jogo? Zé Roberto iniciou a jogada do gol de empate, anotado por Leandro Damião. Andrezinho, lesionado, marcou o gol da virada, nos acréscimos do 1º tempo. O revés de 2 a 1 ainda dava o título ao Grêmio, devido à regra do gol fora. Mas a equipe se abateu totalmente com a inesperada reação colorada. A torcida gremista, que antes jogava junto, passou a reclamar de todas as jogadas erradas.

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Na segunda etapa, o Inter seguiu melhor em campo e aproveitou mais um cochilo da defesa tricolor. Zé Roberto fez grande jogada e sofreu pênalti de Rodolfo. D’Alessandro converteu e ampliou o placar: 3 a 1, e o título agora ficava com o Inter. Surpreendido, Renato Portaluppi substituiu Leandro e Júnior Viçosa, inoperantes na partida, por Lins e Borges. A resposta foi imediata. Aproveitando falha de Renan na bola área, Borges pegou o rebote e empurrou para a rede vazia. Os minutos finais foram de muita tensão no Olímpico. As duas equipes tiveram a chance de marcar o gol do título. Mas o 3 a 2 colorado levou a decisão para os pênaltis. Inspirado, Renan defendeu três cobranças. E coube a Zé Roberto, o nome da partida, anotar o pênalti do 40º título colorado. O Inter mostrou quem manda no Rio Grande.

 

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FICHA TÉCNICA
GRÊMIO 2×3 INTERNACIONAL
CAMPEONATO GAÚCHO 2011 – FINAL

Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre
Data: 15 de maio de 2011
Arbitragem: Leandro Vuaden
Público: 45.995 torcedores
Renda: R$ 1.298.273,00
Cartões amarelos: Vilson e Fábio Rochemback (Grêmio); Juan, D’Alessandro, Guiñazu e Zé Roberto (Internacional)
Gols: Lúcio (Grêmio), 15min/1ºT, Leandro Damião (Internacional), 31min/1ºT, Andrezinho (Internacional), 46min/1ºT; D’Alessandro (Internacional), 29min/2ºT, Borges (Grêmio), 36min/2ºT
Nos pênaltis: Grêmio 4 (Douglas, Fábio Rochemback, Lins e Rodolfo) x 5 (D’Alessandro, Oscar, Bolatti, Nei e Zé Roberto) Internacional

GRÊMIO: Victor; Mário Fernandes, Vilson, Rodolfo e Gilson (William Magrão); Fábio Rochemback, Adílson, Lúcio e Douglas; Leandro (Lins) e Júnior Viçosa (Borges). Técnico: Renato Portaluppi

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INTERNACIONAL: Renan; Bolívar, Índio e Juan (Zé Roberto); Nei, Bolatti, Guiñazu, Andrezinho (Oscar), D’Alessandro e Kléber; Leandro Damião. Técnico: Paulo Roberto Falcão

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