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Natal

Quarta e quinta-feira iguais às demais

O nascimento de Jesus Cristo é uma das mais importantes ocasiões do ano para os cristãos. Em muitos países, como no Brasil, a data foi tomada como tradição mesmo por aqueles que não acreditam em sua simbologia religiosa, originando grandiosas confraternizações. Porém, há povos e culturas para os quais Jesus e seu nascimento não têm a mesma importância. E, neste caso, os dias 24 e 25 de dezembro transcorrem como qualquer outro, sem maiores significados.

Religiões como o islamismo, budismo, judaísmo, hinduísmo, taoísmo e xintoísmo estão entre as que não reconhecem ou não celebram a ocasião, possuindo crenças e até calendários diferentes dos mantidos pelos cristãos. Mesmo quando estão entre eles. A família de Juma e Fatima Hamid, por exemplo, embora já resida há décadas no Brasil, segue suas raízes religiosas islâmicas sem conflitos com os hábitos e costumes que os cercam.

Vindos de Saffa, Palestina, na década de 1950, eles tiveram seus seis filhos em terras brasileiras. Todos estudaram em educandários católicos e aprenderam a forma como o Natal é visto aqui. Entretanto, dentro de casa, nunca houve mudanças. Dezembro permaneceu um mês normal, o lar seguiu sem enfeites natalinos e, o máximo que aconteceu, foi se aproveitar o feriado para confraternizar em família, como em qualquer outro momento.

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Em contrapartida, também há cristãos espalhados entre nações e culturas que não celebram a ocasião. É o caso da santa-cruzense Ana Maria Piazera-Davison. Após conhecer e se apaixonar pelo judeu novaiorquino Michael Davison, com quem morou um tempo em Londres, mudou-se com ele para Israel em 2007. Junto do, hoje, marido, a professora que trabalha como tradutora e escritora de conteúdos em uma empresa que tem uma revista eletrônica em português, mora em Ra’anana, cidade de porte médio que fica a 50 minutos de Tel Aviv.

Ana foi batizada na religião católica apostólica romana, fez Primeira Comunhão, foi crismada, enfim, passou por todos os rituais. Porém, a partir do início da vida adulta, deixou de frequentar a igreja por discordar de muitos posicionamentos da instituição. Também começou a perceber que seguir todos os preceitos religiosos apenas por seguir não tem valor. O que vale mesmo, diz ela, é ter um bom coração, ser ético, ter respeito por todos, ser uma pessoa do bem e fazer o melhor que puder. E, para isso, não é preciso religião alguma. “Aprendi muito sobre o judaísmo, o que é previsível. E percebi também que a maioria dos princípios do cristianismo são judaicos, pois Jesus era judeu – nasceu, viveu e foi enterrado como um judeu. Hoje não sigo nenhuma religião e respeito todas. Participo das festividades judaicas porque acho bonito e porque é uma forma de integrar-me ao país.”

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