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Falta dinheiro

Queda de arrecadação pode levar o Estado a parcelar salários de março

Os servidores públicos do Estado poderão receber seus salários referentes ao mês de março de forma parcelada. Com a queda na arrecadação em relação ao começo do ano, quando houve pagamento antecipado de IVPA, o governo de José Ivo Sartori estuda um calendário para parcelamento.

O atraso seria inevitável, principalmente para os que recebem salários mais altos, segundo integrantes da Secretaria da Fazenda responsáveis pelo estudo. Uma linha de corte estaria sendo definida e um valor mínimo seria pago a todos os servidores.

Conforme informações preliminares, os que recebem mais que um teto, que ainda será limitado, devem receber o valor mínimo no fim do mês e o restante durante o mês de abril. O pagamento poderá ser feito em três parcelas. As regras e o calendário serão definidos até a conclusão da folha, no próximo dia 20.

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Entre os principais atingidos pela mudança estão delegados da Polícia Civil, oficiais da Brigada Militar, técnicos da Fazenda, secretários de Estado, funcionários da Procuradoria-Geral do Estado e, inclusive, o governador. Já no grupo dos que devem receber normalmente os salários estão os professores, policiais militares e servidores do quadro geral. A medida não vai afetar funcionários do Legislativo, Judiciário e do Ministério Público, tendo em vista que os órgãos têm independência orçamentária.

O governo estadual chegou a cogitar a possibilidade de parcelar o pagamento em três vezes. Assim, os servidores receberiam nos dias 10, 20 e 30 de abril. Porém, o atraso de mais de dez dias causaria transtornos aos funcionários. Um empréstimo no Banrisul também foi cogitado, mas foi descartado porque poderia prejudicar o banco num momento de crise. 

A linha de corte e o parcelamento dos salários foram adotados em 2007, quando Yeda Crusius assumiu o governo. Sindicatos questionaram as medidas na Justiça, na época.

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