O Grupo Schahin, um dos envolvidos nas investigações da Operação Lava Jato, informou por meio de uma nota oficial nesta sexta-feira, 17, que pediu recuperação judicial para as 28 empresas que integram o conglomerado. Segundo informações do G1, a equipe também vai abandonar o campo da engenharia e construção para se concentrar na área de petróleo e gás. O processo de recuperação judicial envolve passivo da ordem de R$ 6,5 bilhões.

A empresa Schahin Engenharia, que faz parte do grupo, está entre as citadas como participantes do cartel de companhias acusadas de corrupção, de acordo com as investigações da operação. No último dia 6, a Schahin interrompeu a operação de cinco unidades de perfuração que alugava para a Petrobras. “A situação vivida decorre principalmente do fechamento dos mercados de crédito nacional e internacional, o que impossibilita o financiamento das atividades das empresas”, informou.

Na nota, a empresa disse que nos últimos meses todos os esforços possíveis para evitar a recuperação judicial foram feitos, desde a tentativa de lançar títulos no mercado de capitais e da renegociação de passivos existentes, até o repasse de contratos de obras. O grupo também lamentou as demissões envolvidas na reestruturação do negócio, “mas confia solidamente na recuperação da sua capacidade empresarial no prazo mais breve possível”. O número de funcionários demitidos, porém, não chegou a ser divulgado.

A recuperação judicial é um recurso que permite à empresa a reorganização em relação às dívidas e de uma crise financeira, preservando suas atividades e empregos, além de gerar expectativa de saldar débitos com credores para evitar a falência.