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Protestos contra corrupção agitam o Líbano

Milhares de libaneses protestaram hoje, em Beirute, contra uma classe política que consideram corrupta e incapaz de garantir serviços básicos, na maior manifestação da sociedade civil no país. “Não conseguimos fazer uma estimativa do número de manifestantes, mas é seguramente mais do que esperávamos”, declarou um dos organizadores, Lucien Bourjeily. Assaad Thebian, um outro responsável, tinha inicialmente falado em 50 mil manifestantes.

A praça dos mártires, local emblemático da capital desde a guerra civil que devastou o país de 1975 a 1990, estava cheia. “Fim ao poder dos corruptos, a começar pelos deputados”, “adeus aos corruptos”, gritava a multidão, que empunhava faixas nas quais se lia: “Estamos fartos”.

Organizada pela plataforma “Cheiras mal”, a campanha de protestos começou com a crise do lixo, na sequência do encerramento, em meados de julho, do maior aterro do Líbano.

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As mobilizações ilustram a frustração da população perante a corrupção, a disfunção do Estado e a paralisia das instituições políticas, dizem especialistas. Vinte e cinco anos depois do fim da guerra, a eletricidade continua a ser racionada e todos os verões a água falta em várias regiões porque há escassez de barragens, num dos países com mais recursos hídricos do Oriente Médio.

“Não temos nem água, nem eletricidade. Saiam às ruas pelos vossos filhos, pelo vosso país”, desafiou Thebian, antes da manifestação, cuja palavra de ordem era “todos sem exceção”.

Thebian e Bourjeily enumeraram as exigências: demissão do ministro do Ambiente, Mohammad Machnuk, transferência da coleta de lixo para os municípios, julgamento dos responsáveis pelas violências do último fim de semana, incluindo o ministro do Interior, Nohad Machnouk, e a realização de eleições legislativas e presidenciais.

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