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Habilitação

Metade dos candidatos reprova na baliza em provas de direção

Para estudar os índices de reprovação nas provas práticas de direção para categoria B, o Detran/RS instituiu uma pesquisa junto aos Centros de Formação de Condutores. A supervisão dos exames apontou que mais da metade dos candidatos analisados foi reprovada na baliza e outros foram reprovados no percurso.  Entre as faltas mais comuns verificadas na baliza, estiveram falta do pisca alerta, bater na baliza, apagar o veículo, distância maior de 50cm e tempo maior que 4 minutos. Constatou-se, ainda, que mesmo que não tivessem cometido falta eliminatória na baliza, grande parte dos candidatos já saía pontuado para o percurso.

A pesquisa do grupo sobre o processo de formação e avaliação de condutores foi apresentado em reunião para o Sindicato dos Centros de Formação de Condutores (SindiCFC) e diretores de Centros. Foram analisados os dados de 221.506 candidatos que abriram serviço para dirigir automóvel entre julho de 2013 e junho de 2014.

Os técnicos analisaram os índices sob um novo ângulo. Não mais sobre o total de provas, como se fazia até então, mas sobre o rendimento do candidato dentro da lógica da Resolução 168/2004, do Contran, que estabelece o período de um ano para concluir o processo de habilitação. A partir desse ponto de vista, concluiu-se que 78% dos candidatos eram aprovados dentro do período do Renach. Destes, 45% foram aprovados na primeira tentativa e 15% na segunda tentativa. Os índices de aprovação nas provas práticas foram melhores entre os homens (87,3%), entre os jovens (87,7%) e entre os candidatos com Ensino Superior Incompleto (83,4%).

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Conclusões

O que se observou na pesquisa e foi comprovado pela experiência dos CFCs é que o candidato vai para a prova mesmo despreparado para ‘tentar a sorte’, já que a legislação garante a ele esse direito e o valor do segundo exame é baixo (50% do valor da prova se feita dentro do período de 30 dias). Estuda-se a criação de um mecanismo legal que impeça o candidato fazer a prova sem o aval do instrutor, como uma série de provas simuladas antes do exame final.

Edson Cunha, presidente do SindiCFC, salientou que não se trata de transferir responsabilidades ou achar culpados para a situação, mas buscar soluções conjuntas para os problemas que se apresentam: “para nós, o foco deve estar sempre na qualidade desse serviço que é parte público e parte privado, já que nossa atividade tem um impacto grande em toda a sociedade”.

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Para o diretor-geral do Detran/RS, Ildo Mário Szinvelski, o que se classifica como problemas podem nem ser. “Os índices de reprovação não são o mais importante. Se o candidato não cumpriu as condições para participar do trânsito com segurança, ele deve ser reprovado, para sua própria segurança e da sociedade. Devemos qualificar o processo como um todo com participação dos CFCs, universidades, psicólogos, médicos, examinadores, mas, principalmente, com análise do perfil do candidato”.

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