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Batalhão Olímpico

Depois da missão no Rio de Janeiro, é hora de voltar

O relógio marcava 19h45 quando três ônibus estacionaram no pátio do 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB) em Santa Cruz do Sul. Após 30 horas de viagem, desceram dos veículos 178 soldados que integraram a Missão Batalhão Olímpico, no Rio de Janeiro. O cansaço da longa jornada, no entanto, quase nem foi percebido. É porque a volta para “casa” cedeu espaço a uma miscelânea de sentimentos. Foi saudade, alegria e, principalmente, orgulho de terem reforçado com êxito a segurança do maior evento esportivo do mundo.

Entre malas e mochilas, os soldados Cassiano Henrique Kipper e Jeferson Marlon Lahe, ambos de 21 anos, contavam os minutos para reencontrar os familiares. Antes disso, lembraram dos ensinamentos que a missão proporcionou. “Poder conhecer uma cidade como o Rio e executar atividades que nunca tínhamos feito antes foi muito bacana”, contou Lahe.

Além de patrulhamento, os integrantes do 7° BIB que participaram de um contingente de 20 mil soldados nos Jogos Olímpicos ficaram responsáveis por bloquear vias urbanas e auxiliar no controle de pessoal. Na opinião de  Kipper, a viagem também serviu para conhecer novas culturas. “Muitas vezes, tivemos que prestar informações para pessoas de outros países. Isso, para mim, foi um dos pontos mais enriquecedores da viagem”, complementou.

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Alguns minutos após a chegada, o contingente de soldados participou de uma solenidade militar organizada com o objetivo de lhes dar as boas-vindas. Na ocasião, o comandante do batalhão, tenente-coronel Kurt Everton Werberich, afirmou que o 7° BIB entrou para a história. “Foi uma participação extremamente exitosa. O nosso batalhão prestou uma importante contribuição para a Cidade Maravilhosa durante a Olimpíada e Paralimpíada. A tendência, agora, é que sejamos cada vez mais requisitados para integrar missões fora de Santa Cruz”, comentou. Também participou da solenidade, na noite de ontem, o comandante da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, Giovany Carrião de Freitas. “Essa missão foi de uma profundidade sem tamanho. Esse grupo deixou um legado de segurança para o resto do Exército brasileiro”, ressaltou.

Reencontro

Depois da solenidade, o que mais se viu no Pátio Duque de Caxias foram abraços, beijos e  gestos de carinho entre soldados e familiares. Não foi diferente com a família do empresário Luiz Carlos Machado, 42, que aguardou com ansiedade pela chegada do filho Josiel, 20. “Desde que ficamos sabendo desta atividade, apoiamos o Josiel. Apesar do risco, sabíamos que ele iria voltar mais forte e com muita experiência de vida. Para mim, é uma honra saber que meu filho cumpriu essa missão”, comentou o pai, todo orgulhoso, minutos antes de abraçar o filho.

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Esta foi a primeira vez que o soldado saiu do Rio Grande do Sul. E, para ele, as lembranças da cidade Maravilhosa ficarão marcadas. “Levei um pouco da minha cultura para o Rio e sei que dei o meu melhor, agora é partir para o abraço.” Também estiveram no pátio a mãe, o irmão e a namorada do jovem.


Família de Josiel aguardou com ansiedade a chegada do jovem
Foto: Bruno Pedry

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