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SUS não oferece tratamento transdérmico do Alzheimer

Um mês após o fim do prazo, o Ministério da Saúde ainda não liberou a rivastigmina transdérmica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a pacientes que tratam o Mal de Alzheimer. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) apresentou ao órgão, no ano passado, um estudo recomendando a versão adesiva do medicamento sob a justificativa de que seria menos agressiva que a oral – já disponibilizada gratuitamente. A portaria 31, de setembro do ano passado, que determina a inclusão na lista de remédios oferecidos pelo SUS, estabeleceu prazo de 180 dias para que a medida passasse a ser cumprida. O período terminou em março, mas até agora não há nem previsão para que os adesivos sejam distribuídos pelo sistema.

O Ministério da Saúde informou que a inclusão efetiva de uma nova apresentação do medicamento necessita da publicação da versão final do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). Ressaltou que o documento está em fase de revisão, visando contemplar a indicação da forma farmacêutica. “Além disso, há necessidade de pactuar, no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite, quanto à responsabilidade pelo financiamento dessa nova incorporação. Nesse sentido, o Ministério da Saúde está concentrando esforços para publicar o referido PCDT e concretizar a pactuação o mais breve possível”, justificou em nota.

De acordo com a Conitec, as versões em cápsulas e solução oral teriam efeitos colaterais como vômito, perda de apetite e náuseas. Estudos teriam demonstrado preferência pela rivastigmina transdérmica tanto por pacientes quanto cuidadores. A neurologista Ariádene Facco Espig destaca a administração como vantagem da rivastigmina transdérmica. “É aplicada na pele do paciente uma única vez ao dia e a liberação da substância é contínua”, explica.

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Segundo a especialista, outros fármacos muito utilizados para tratar a doença  seriam a donepezila e a galantamina. A resposta esperada seria uma melhora inicial dos sintomas. “Mas há evidências de que essas drogas podem estabilizar parcialmente essa progressão da doença, de modo que a evolução torne-se mais lenta. Os efeitos positivos, que visam à melhoria ou à estabilização, foram demonstrados para a cognição, o comportamento e a funcionalidade”, afirma. 

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O tratamento transdérmico, com nome comercial Exelon, é vendido em farmácias de Santa Cruz do Sul, mas está muito longe da realidade da maioria dos pacientes. O mais barato, de cinco centímetros, estaria sendo vendido por cerca de R$ 430,00 (caixa com 30 adesivos), considerando descontos de laboratório. Conforme a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, na região 22 pacientes recebem a medicação em comprimidos pelo SUS. O Mal de Alzheimer provoca problemas de memória, pensamento e comportamento. A doença é degenerativa, caracterizando-se pela perda progressiva de células neurais. É mais comum após os 65 anos.

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