Foto: Bruno Pedry
ATUALIZADO ÀS 21h45
Três postos de combustíveis de Santa Cruz do Sul tiveram bombas lacradas essa semana após o Ministério Público identificar problemas no produto que vinha sendo comercializado. A operação foi encerrada nesta quarta-feira, 9. Os promotores responsáveis descartam a existência de fraudes e acreditam que as situações são decorrentes de problemas operacionais ou de transporte. A interdição atingiu uma bomba de cada posto. Os estabelecimentos seguem operando normalmente.
Ao todo, 41 estabelecimentos foram vistoriados de forma discreta nos últimos três dias e os combustíveis foram submetidos a testes em um laboratório móvel trazido de Porto Alegre e operado por um engenheiro químico da Promotoria Especializada em Defesa do Consumidor. Os problemas encontrados envolvem distorções no ponto de fulgor, que é a temperatura mais baixa em que os vapores do combustível inflamam, e no teor de biodiesel, que são regulados por normas da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Diante da constatação dos problemas, o MP entrou com pedidos de liminar na Justiça, que determinou que as bombas fossem lacradas. Os estabelecimentos atingidos são: Posto Mailaender Comércio de Combustíveis Ltda. (Posto Zimmer, na Rua Senador Pinheiro Machado); Posto Spengler S.A. (Posto Spengler 1, na Rua 28 de Setembro); e Posto de Combustíveis Rodan Eireli (Posto RodOil, na Avenida Euclydes Kliemann).
Procurado pela reportagem, o administrador do Posto Zimmer, Paulo Fengler, disse que o estabelecimento recebeu com surpresa a determinação judicial e que a distribuidora já foi acionada em busca de explicações. “Acreditamos que tudo vai se esclarecer nos próximos dias”, disse. Já o gerente administrativo do Ponto Spengler 1, Alexandro Michelin, disse que todas as cargas recebidas foram submetidas a análises e não foram identificados problemas. “Já estamos em contato com a distribuidora para tentar identificar o que pode ter acontecido”, falou. Os administradores do Posto RodOil ainda não foram localizados para comentar.
NÃO HÁ INDÍCIO DE FRAUDE
Segundo o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, não há indícios de que os problemas identificados - que poderiam causar danos aos motores dos veículos -, sejam decorrentes de fraudes. “Ainda não sabemos se o problema foi no transporte ou se veio assim da distribuidora, mas diferente do que ocorria no passado. Não identificamos fraudes”, observou.