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Saúde

Declaração de ministro sobre toxoplasmose é rebatida no Estado

“Veio da água. Isso foi confirmado por técnicos do próprio ministério que estiveram no Rio Grande do Sul”. A frase dita pelo ministro da Saúde, Gilberto Occhi, durante uma entrevista à uma rádio de Porto Alegre sobre a origem do surto de toxoplasmose em Santa Maria, foi classificada como infeliz pelo secretário da Saúde do Estado, Francisco Paz. 

“Na realidade, nós continuamos sem resposta conclusiva sobre os exames que foram feitos em todas as possibilidades de transmissão”, rebateu. “Os resultados das análises que eu tenho deram todos negativos, os do Estado e os do Ministério. Ele (Occhi) tentou simplificar a questão, que é difícil”, ressaltou.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a investigação sobre a fonte de contaminação segue em andamento, mas não esclareceu se as informações repassadas pelo ministro estão equivocadas. Após a repercussão da fala do ministro, o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, convocou uma coletiva de imprensa e classificou como “irresponsável” a entrevista. “A colocação precipitada está gerando pânico na população”, reforçou.

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O secretário da Saúde ressaltou ainda que o surto de toxoplasmose está encerrado. O último caso foi registrado foi no dia 10 de maio. Contudo, “o surto existiu e a doença existe sempre no nosso meio ambiente”, por isso a importância de determinar a causa da transmissão. “Alguma coisa fez com que a população entrasse em contato com a doença de forma mais aguda”, declarou.

De acordo com os dados da doença divulgados pela Secretaria de Saúde, dos 569 casos confirmados, 50 são de gestantes. Outras 145 grávidas estão sob investigação. Foram registradas três mortes de fetos, com 26, 29 e 36 semanas de gestação, além de dois abortos com 15 e 16 semanas de gestação. Um aborto é investigado.

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Cuidados para evitar a contaminação

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, a doença pode ocorrer pela ingestão de oocistos [onde o parasita se desenvolve] provenientes do solo, areia, latas de lixo contaminadas com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua e mal cozida infectada com cistos, especialmente carne de porco e carneiro; ou por intermédio de infecção transplancentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriam a infecção durante a gravidez.

A Sociedade Brasileira de Infectologia lista algumas medidas de prevenção:

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– Não ingerir carnes cruas ou malcozidas;
– Comer apenas vegetais e frutas bem lavados em água corrente;
– Evitar contato com fezes de gato. As gestantes, além de evitar o contato com gatos, devem submeter-se a adequado acompanhamento médico (pré-natal). Alguns países obtiveram sucesso na prevenção da contaminação intrauterina fazendo testes laboratoriais em todas as gestantes;
– Em pessoas com deficiência imunológica a prevenção pode ser necessária com o uso de medicação dependendo de uma análise individual de cada caso.

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