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Black Friday: atenção aos ataques de hackers antes de comprar pela internet

Foto: Lula Helfer

As vendas online nesta Black Friday devem aumentar cerca de 18% na comparação com o ano passado

Apesar de ter origem no Estados Unidos, a Black Friday já se tornou uma importante data comercial no Brasil. Realizada oficialmente na quarta sexta-feira de novembro (29 de novembro neste ano), a ocasião acaba se tornando uma boa oportunidade de antecipação de compras para os presentes de final de ano. E mesmo o país ainda sofrendo resquícios de uma forte crise econômica, a tendência é de muitas compras em 2019.

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De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas online nesta Black Friday devem aumentar cerca de 18% na comparação com o ano passado. O faturamento do comércio digital em 2019 deve ultrapassar os R$ 3 bilhões, sendo que em 2018 a data movimentou cerca de R$ 2,5 bilhões.

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A expectativa de aumento nas compras acaba, porém, alertando golpistas na internet. Segundo uma empresa de monitoramento de riscos digitais, o número de ataques virtuais, os chamados phishings, aumentou 64,5% nos dois primeiros trimestres desse ano na comparação com o mesmo período em 2018. A tendência, de acordo com a empresa, é que os números aumentem neste período de final de ano, principalmente por causa da Black Friday.

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A especialista em infraestrutura de TI e CEO da it.line, Sylvia Bellio, explica que phishing é uma técnica de roubo de dados em que criminosos se utilizam de plataformas falsas. Ou seja, os hackers se utilizam de um site de vendas que não existe para obter informações como o número e código de segurança do cartão de crédito das pessoas

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“Criminosos virtuais se utilizam de phishing para atacar pessoas através de e-mails, sites, mensagens de texto, redes sociais, telefone e WhatsApp. A pessoa acaba encontrando uma oferta muito tentadora e tenta realizar a compra com seus dados. Ao colocar os dados na plataforma falsa, tudo acaba sendo roubado pelos criminosos. A partir disso eles realizam compras em nome da pessoa ou até mesmo chantageiam em troca de dinheiro”, explica Sylvia.

A especialista lembra que o phishing aumenta em períodos como a Black Friday por causa do aumento da alta quantidade de promoções. Como a data se consolidou no Brasil, atualmente já é possível encontrar preços realmente baixos na internet. Contudo, essa situação faz com que muitos consumidores se descuidem e acabem ficando atraídos por ofertas muito surreais.

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“Na pressa de tentar comprar alguma coisa com um preço muito abaixo do mercado, muitos clientes baixam a guarda e abrem uma brecha para criminosos virtuais. Às vezes os sites falsificados são praticamente idênticos aos originais, e a pessoa na vontade de garantir o produto antes que esgote acaba não checando informações mínimas de segurança”, diz Sylvia.

Cuidados para comprar na Black Friday

Sylvia pontua que as técnicas de crimes virtuais estão a cada ano mais sofisticadas e que por isso é preciso ficar atento. Ela afirma que apesar de ser o golpe mais comum, o phishing não é único que pode afetar um consumidor na Black Friday ou em qualquer compra na rede.

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“Um usuário na internet está suscetível a vários tipos de crimes, como softwares maliciosos, roubo de senhas e hackeamento de redes de internet. Por causa disso, é essencial se precaver, principalmente em um período em que há a expectativa de se realizar compras na internet por causa dos preços baixos. Garantir essa segurança é ter a certeza de que as compras serão tranquilas e seguras”, defende Sylvia.

A especialista em infraestrutura de TI lista algumas dicas de segurança para computadores e smartphones:

– “Não utilize Wi-Fi públicos para realizar nenhum tipo de compra. Caso essa situação possa se apresentar, tenha previamente um aplicativo de VPN instalado no celular ou computador. O VPN é uma rede virtual privada que praticamente impossibilita o acesso a seus dados na internet”;

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– “Desconfie de links com promoções enviados por números desconhecidos em meios não convencionais, como o WhatsApp e SMS”;

– “Observe se a página que você está utilizando possui as letras ‘https’ e um cadeado na parte esquerda antes do link da loja”;

– “Evite lojas que estão cadastradas em serviços gratuitos de hospedagem. Caso opte por uma delas, tente buscar por avaliações da empresa em sites de reclamações”;

– “Tenha sempre um antivírus instalado, seja no celular ou no computador. Além disso, mantenha o software do aparelho atualizado”;

– “Cheque se a empresa possui CNPJ válido, endereço, telefone para contato e razão social. De acordo com a Legislação, um empreendimento online no Brasil precisa mostrar essas informações aos clientes”;

– “Opte, se possível, por cartões de crédito pré-pagos ou virtuais. Os problemas, caso eles sejam vazados para hackers, serão menores do que um cartão de crédito convencional”.

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