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Em 3 dias, R$ 350 mil são arrecadados para ampliar oferta de leitos em Bento Gonçalves

No domingo, 15, prefeito, servidores da Saúde e empresários visitaram local onde os leitos vão ser instalados | Foto: Emanuele Nicola

“Foi um dia extremamente pesado para todos nós”, diz Guilherme Pasin, sobre essa quarta-feira, 18. Na data, foi confirmado o primeiro caso de coronavírus em Bento Gonçalves, cidade da qual Pasin é prefeito. Mas o município de 120 mil habitantes, que tem dois casos suspeitos da doença – outros dois foram descartados -, não foi pego desprevenido. Ainda na quarta, o que antes era orientação, virou decreto: aulas suspensas, eventos cancelados e o comércio trabalhando em horário alternativo, para evitar aglomeração no transporte público.

Além disso, quando confirmou-se a primeira infecção pela Covid-19 no município – um homem de 63 anos que não é morador de Bento, mas procurou atendimento na cidade, onde segue internado -, já estava em construção um espaço que vai abrigar 40 novos leitos de internação, exclusivos para tratamento de pacientes com a doença. Para se antecipar ao coronavírus, a Prefeitura têm buscado informações, principalmente na Itália, onde Bento Gonçalves tem oito cidades-irmãs. “Há sete ou seis dias atrás começamos a nos antecipar e prever, a partir dos relatos que estamos colhendo, institucionais, com nossas cidades-irmãs da Itália, e detectamos que o maior gargalo de todos é a falta de leitos de UTI, de leito hospitalar”, contou o prefeito em entrevista à Rádio Gazeta FM 107.9.

As 40 novas vagas de internação vão ser criadas no primeiro andar do complexo hospitalar público que está em construção no município. O espaço estava concluído apenas externamente, mas, com a ajuda da comunidade, em 30 dias deve estar pronto para receber pacientes com a Covid-19 e desafogar a demanda do Hospital Tacchini, que além de atender a população de Bento, é referência na microrregião.

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Segundo Guilherme Pasin, a Prefeitura teria recursos para fazer a obra, mas com dinheiro público ela seria muito mais demorada. “O que o município não tem, como qualquer ente público, é a velocidade para a execução. Nós temos processos de licitação, contratações públicas que nos tirariam, sem sombra de dúvidas, 20 dias dentro desse processo burocrático. Então o pedido de ajuda ao setor empreendedor foi ‘precisamos de agilidade'”.

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No último domingo, 15, o prefeito se reuniu com representantes de entidades empresariais e apresentou a proposta. Os empreendedores atenderam o chamado e, em três dias, levantaram R$ 350 mil. O Município ainda vai criar dez leitos de isolamento na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), totalizando 50 vagas novas direcionadas exclusivamente para pacientes com coronavírus.

De acordo com o prefeito, a administração já trabalha na contratação emergencial de médicos, enfermeiros e demais servidores necessários para o atendimento dos novos leitos. “Nós temos convicção que chegará na nossa região e a forma de encarar isso, mais positiva possível, é saber planejar e, quando o problema chegar, saber como agir”, disse Guilherme Pasin.

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