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Coronavírus

Estado anuncia ajustes no modelo de distanciamento

Foto: Rafaelly Machado

O governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou nessa quinta-feira, 11, novas regras para avaliação do modelo de distanciamento controlado, estratégia que é utilizada desde o dia 10 de maio para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. As mudanças ocorreram para atender às demandas de especialistas e têm como objetivo evitar o colapso do sistema de saúde. “Estamos agora na quinta semana do distanciamento controlado, as alterações foram definidas a partir das observações e sugestões dos membros do comitê de dados”, disse o governador.

O ponto de corte para indicadores como avanço da doença, incidência de novos casos e mudança da capacidade de atendimento será reduzido, com a intenção de tornar o modelo mais sensível à realidade e com resposta mais rápida. Outra mudança diz respeito ao número de óbitos, que deixa de utilizar os dados da semana anterior e passa a ser baseado em uma projeção para os próximos 14 dias, bem como a capacidade de atendimento na rede hospitalar, que passa a ser medida com base na proporção entre os leitos de UTI livres e os leitos de UTI ocupados por pacientes confirmados para Covid-19.

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A última e principal alteração proposta está nos gatilhos de segurança, que tornam-se mais rigorosos: cada região poderá ter apenas três hospitalizações de pacientes com coronavírus nos últimos 14 dias para estar apta a uma redução na classificação de risco. O número anterior era de cinco hospitalizações.

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Ao mesmo tempo, caso alguma das macrorregiões atinja bandeira final vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo), serão necessárias duas semanas consecutivas com classificações menos graves para que haja redução da bandeira.

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Alerta
O governador pediu que a sociedade gaúcha continue comprometida no combate à pandemia e atenta aos protocolos, respeitando o isolamento social e mantendo os devidos cuidados pessoais. “Precisamos do engajamento de todos. Não é volta ao normal, não é flexibilização, ainda estamos distantes de uma volta à normalidade”, frisou. As alterações já serão consideradas para a atualização do modelo de distanciamento controlado, que será divulgada nesta sexta-feira, 12, pelo governo.

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Novos respiradores
O Rio Grande do Sul receberá, a partir da próxima semana, 130 novos respiradores do Ministério da Saúde. Os equipamentos são considerados fundamentais no enfrentamento à Covid-19, porque ajudam pacientes que não conseguem respirar sozinhos. Seu uso é indicado nos casos graves.

“Apesar das turbulências e trocas de comando, o Ministério da Saúde tem apoiado de forma significativa e dedicada com estruturação, habilitação de leitos e repasses de recursos. Agora, com o envio desses equipamentos tão importantes, que vão reforçar ainda mais a nossa rede hospitalar, não podemos deixar de salientar esse suporte e agradecer”, destacou o governador Eduardo Leite.

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Do total, 80 são do modelo “beira leito”, usados nas UTIs, e outros 50 são de “transporte”, que ajudam na manutenção da vida do paciente até ele ser transferido para outro respirador. A Secretaria da Saúde (SES) está definindo a distribuição desses equipamentos aos municípios e hospitais, e o governo anunciará a decisão nos próximos dias. “Era um pedido que tínhamos feito no final de março, pois sabíamos que precisaríamos de respiradores para abrir novos leitos de UTI e estávamos aguardando, sabendo de toda a dificuldade que há no mundo para adquirir os equipamentos. Por isso, a confirmação desse envio foi muito comemorada, porque ampliará nossa capacidade”, ressaltou a diretora do Departamento de Assistência Ambulatorial e Hospitalar da SES, Lisiane Wasem Fagundes.

Para entender
Segundo o governo, o indicador de óbitos por Covid-19 a cada 100 mil habitantes mostra a evolução da doença com defasagem, uma vez que um óbito reflete o adoecimento de semanas atrás. O dado é válido para mostrar a realidade atual, mas não antecipa e o objetivo do Distanciamento Controlado é também prever deterioração, de modo que medidas possam ser tomadas com antecedência para que as UTIs não cheguem ao limite de atendimento. Em razão disso, o cálculo deixa de utilizar o número de óbitos ocorridos na semana de referência e passa a utilizar projeções para os próximos 14 dias, com base na variação de pacientes confirmados para Covid-19 em leitos de UTI e no número de óbitos acumulados na semana de referência.

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O indicador de Estágio da Evolução passa a considerar todos os casos ativos na semana de referência em relação aos recuperados nos 50 dias anteriores ao início da semana. Ao contabilizar um período maior de tempo, amenizam-se os efeitos da defasagem entre a data do início dos sintomas e a inclusão dos casos confirmados.

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A capacidade de atendimento passa a ser avaliada com base na razão entre a quantidade de leitos de UTI livres e o número de leitos de UTI ocupados por pacientes confirmados para Covid-19. A proposta vale para os indicadores que avaliam a capacidade do Estado e das macrorregiões, que antes levava em consideração o número de leitos de UTI livres para Covid-19 para cada 100 mil idosos

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