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Quase 60% dos universitários não querem manter aulas a distância após a pandemia

Foto: Reprodução

Atividades remotas ainda poderão ser realizadas para complemento | Foto: Vlada Karpovich / Pexels

Mais da metade dos universitários, ou 59% dos estudantes, do Rio Grande do Sul matriculados em cursos presenciais da rede particular preferem ter somente aulas presenciais após o fim da pandemia. A pesquisa do Pravaler, maior fintech de soluções financeiras para educação do Brasil, mostra que 32% dos alunos gaúchos gostariam de aderir ao modelo híbrido – que mistura aulas presenciais com virtuais – e apenas 9% dos entrevistados escolheriam estudar de maneira remota.

Os dados fazem parte do levantamento “O comportamento do aluno do ensino superior presencial durante a pandemia”, que ouviu aproximadamente mil alunos de instituições de ensino superior privado de todas as regiões do Brasil.


Segundo a pesquisa, 61% dos alunos do Rio Grande do Sul tiveram a primeira experiência com ensino remoto durante a quarentena e 52% deles disseram que houve queda de qualidade dos cursos neste período de aulas virtuais. Os dados ajudam a explicar a vontade de voltar ao modelo presencial.

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Rafael Baddini, sócio-diretor de estratégia de negócio do Pravaler, destaca que a avaliação dos estudantes não é sobre a educação a distância tradicional, já que os alunos tiveram o primeiro e único contato no formato virtual na quarentena de uma maneira emergencial. “O que vimos foi basicamente a metodologia presencial transmitida remotamente, quando a EAD tem formatos próprios e diferenciados”, ressalta. Para as instituições de ensino, a reviravolta da quarentena deve servir como um despertar para o fato de que o nível de exigência dos alunos será maior e que é preciso aprimorar a dinâmica atual, complementa Baddini.

Outro fator que levou à má experiência virtual foi a falta de relacionamento presencial. Quando perguntados sobre os pontos negativos das aulas remotas, cerca de 47% apontaram a ausência de contato com colegas e professores como o principal. Em seguida, 35% apontaram que o motivo mais relevante foi a falta de local adequado para estudar.

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“Para um futuro próximo, devemos ver a consolidação da ‘mistura’ entre presencial e remoto, conhecido como ensino híbrido. Ele mescla aulas remotas, com conteúdo de qualidade, e atividades práticas e em grupo, presenciais, garantindo a convivência dos alunos, mas ainda mantendo os benefícios da tecnologia. É como um trabalho remoto, com idas periódicas ao escritório para reunir todo o time”, explica Baddini.

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Aulas remotas na pandemia reduzem tempo de estudo

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Embora as faculdades e universidades privadas tenham disponibilizado aulas remotas na mesma carga horária do formato presencial, universitários do Estado assumem que estão dedicando menos tempo aos estudos durante a pandemia: 54% dos alunos dizem que estudam de 2 a 8 horas semanais.

Ou seja, o rendimento nos estudos caiu drasticamente, já que a carga horária semanal, com aulas presenciais, é de, no mínimo, 15 horas. Apesar da redução do deslocamento imposto pela quarentena, apenas 20% dos estudantes dizem que estudam um período de 9 a 17 horas por semana, segundo o relatório.

Com entrevistas em todas as regiões do Brasil, a pesquisa ouviu 955 estudantes matriculados em cursos presenciais do ensino superior privado. Alunos da rede particular representam 75% das matrículas do ensino superior do Brasil. As matrículas em instituições privadas são cerca de 6,3 milhões, enquanto nas instituições públicas está em torno de 2 milhões, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2018. O período de entrevistas ocorreu entre 9 e 16 de junho, quando já havia três meses desde o fechamento das instituições de ensino superior.

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