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Polêmica

Possível retorno das aulas presenciais divide opiniões

Foto: Alencar da Rosa

Apresentada pelo governo do Estado na última terça-feira, 11, a proposta inicial para o retorno das aulas presenciais divide opiniões. Enquanto o Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS) analisa a sugestão como correta e necessária, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/ Sindicato) a vê como “irresponsável” pelo contexto da pandemia, com os números de contágio ainda em crescimento.

Com os alunos fora das salas de aula desde março, o possível retorno motiva divergências entre diretores e entidades. “Tivemos reunião na terça-feira e vemos com muito bons olhos a proposta. Assim como foi o governo que, em março, fez o fechamento das escolas, agora esse mesmo governador é quem nos dá um plano de retomada”, afirma o diretor do Colégio Mauá e delegado regional do Sinepe/RS, Nestor Raschen. “Encaramos isso de maneira muito positiva; afinal de contas, as escolas estão preparadas.”

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Após vários debates com pais, professores e alunos, e análise do retorno às aulas presenciais em outros países, a escola Educar-se não chegou a uma conclusão nem definiu sua posição, aguardando orientação mais concreta por parte dos governos. “Fizemos uma pesquisa com os pais, turma por turma, para saber se num eventual retorno eles trariam seus filhos ou não. Para nossa surpresa, tivemos praticamente um empate”, enfatiza Valderez Kern, diretora da instituição. Ela acrescenta que há, sim, o receio de colocar pessoas em risco, mas a escola está preparada.

Já o Cpers/Sindicato, que representa os professores estaduais, criticou a proposta. “Estamos assustados, por assim dizer. Entendemos como um processo muito irresponsável tendo em vista que estamos ainda em ascensão na contaminação e no número de óbitos no Estado”, ressalta a secretária-geral, Cândida Rossetto. “Eu diria que o governador está jogando no nosso colo cadáveres de crianças.” Segundo ela, o controle da pandemia e a garantia das condições para que as escolas consigam cumprir os protocolos sanitários são os requisitos mínimos de um eventual retorno.

Para o Ensino Superior, que já teve algumas atividades presenciais autorizadas anteriormente, o momento é de preparação. “O que está acontecendo agora é um grande planejamento do segundo semestre. Estamos esperando as diretrizes que certamente ampararão esse retorno, porque nós ainda estamos vivendo a pandemia”, destaca a reitora da Unisc, Carmen Lúcia de Lima Helfer. A universidade aguarda definições dos governos para estabelecer sua organização; entretanto, há a certeza de que a realidade não será a mesma de antes.

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Proposta prevê volta gradual dividida em cinco períodos

A sugestão apresentada pelo governador Eduardo Leite (PSDB) à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) prevê o retorno gradual das aulas presenciais em cinco etapas, conforme o nível.

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A primeira a retomar as atividades seria a Educação Infantil no próximo dia 31, seguida pelo Ensino Superior em 14 de setembro e pelos níveis Médio e Técnico no dia 21. O Ensino Fundamental voltaria no dia 28 de setembro para as séries finais e em 8 de outubro para as iniciais. O governador reconheceu tratar-se de um tema complexo. “É evidente que não colocaremos nossas crianças e nossa equipe de educação em risco sem termos segurança dessa redução no contágio. Vamos reduzir o nível de exposição presencialmente, dividindo turnos e horários”, frisou Leite.

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Ao longo das próximas semanas, a proposta será debatida entre as prefeituras e as 27 associações de municípios que compõem a Famurs. Vale destacar, ainda, que o retorno das atividades presenciais será autorizado somente para os municípios e regiões que estiverem sob bandeira amarela ou laranja.

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