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De volta para casa

Roger Machado é apresentado e promete resgatar ‘identidade’ do Grêmio

O ex-jogador e técnico Roger Machado foi apresentado oficialmente como novo comandante do Grêmio no final da tarde desta terça-feira, 26, no CT Luiz Carvalho, e prometeu resgatar a “identidade” do clube, que passa por um momento instável na temporada, após a perda do Campeonato Gaúcho para o rival Inter e o início ruim no Brasileirão, onde venceu pela primeira vez somente no último sábado, contra o Figueirense, na Arena. Antes da apresentação, ele conversou com os jogadores e com o interino James Freitas, que será seu auxiliar, assim como Roberto Ribas. Também acompanhou o treino da tarde desta terça, comandado pelo preparador físico Rogério Dias. O preparador de goleiros Rogério Godoy continua na função.

Ao lado do presidente do clube, Romildo Bolzan Jr., Roger destacou sua trajetória e o retorno ao Grêmio. Ele iniciou nas categoria de base do clube e atuou profissionalmente de 1993 a 2004. “Minha formação foi quase toda aqui no clube. Saí com quase 30 anos, formado como homem. Voltar para casa é um prazer enorme, uma satisfação, é um orgulho estar no comando desta instituição centenária e que muito me ofereceu. Sei a responsabilidade que assumo neste momento. Tenho absoluta certeza que a gente pode construir algo muito positivo, resgatar muita coisa, reviver muitas alegrias construíndo uma equipe competitiva e que nosso torcedor se identifique na arquibancada”, comentou.

Questionado sobre o estilo de jogo que pretende implementar no Grêmio, Roger foi claro ao defender que quer o Grêmio jogando um bom futebol. “O importante é conseguir, antes de qualquer esquema tático, é de conseguir identificar dentro das características dos jogadores qual o modelo que a gente pode explorar. Mais que o modelo tático, o importante é conseguir formatar comportamentos dentro de campo que nos permitam vencer os jogos. Hoje se fala na modernidade do futebol. Ser moderno é ser intenso, concentrado, conseguir aplicar todo seu talento técnico, físico, atlético em prol de um objetivo do grupo. Desejo ter uma equipe que tenha a cara do Grêmio e que consiga jogar um bom futebol”, afirmou.

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Roger também prometeu muito diálogo com os jogadores e direção. Quando lhe foi perguntado se será um “paizão” dos jogadores, no mesmo estilo de Renato Portaluppi, ele garante que será incisivo quando necessário. “Talvez eu tenha a fala mansa, mas quando preciso, também é importante ter uma voz de comando forte para que as coisas andem bem sempre. Tem que ter essa flexibilidade porque lido com um grupo de jogadores com características diferentes”, reforçou.
 


Roger conversou com os jogadores após o treino da tarde desta terça-feira
Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Experiência no interior

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Roger iniciou sua carreira como técnico no Grêmio, onde foi auxiliar de treinadores como Renato Portaluppi e Vanderlei Luxemburgo. Chegou, inclusive, a comandar o Tricolor em algumas partidas, vencendo dois Gre-Nais, em 2011 e 2012. Deixou o clube em 2014 e assumiu como treinador do Juventude, onde disputou o Gauchão do ano passado e a Série C. Acabou demitido após dois resultados negativos na competição nacional. Neste ano, comandou o Novo Hamburgo no Estadual e levou a equipe do Vale dos Sinos às quartas de final da competição, onde foi eliminado justamente pelo Grêmio. Na ocasião, o Nóia saiu na frente e só sofreu o empate no 2º tempo, sendo derrotado nos pênaltis.

O novo comandante gremista comentou sua saída do Grêmio no ano passado e a importância de trabalhar no futebol do interior. “Deixei o cargo justamente porque entendi que deveria cumprir uma outra etapa da minha carreira, que era ser comandante principal de uma equipe. Há uma diferença entre ser auxiliar e cumprir uma função, gerir e montar um grupo, fazer planejamento”, disse. Roger também se disse motivado por ter o “DNA de cria da base do Grêmio”. Segundo ele, isso será fundamental para identificar o que o torcedor gremista deseja ver no time e a forma como a equipe vai se comportar dentro de campo. “Isso, agregado ao conhecimento externo, na faculdade de Educação Física e nas experiências que tive fora me permitem fazer uma leitura adequada e intervir quando necessário”.

Pela primeira vez, Roger disputará o Brasileirão como treinador. E ele conhece bem a competição, pois já foi campeão pelo Grêmio como jogador, em 1996. “O Brasileirão é um campeonato difícil, duro e longo, e que premia a equipe que conseguir ter uma regularidade alta. Sem dúvidas, é um dos campeonatos mais difíceis do mundo. E acho que estamos preparados para conseguir um bom resultado na competição”, disse. Também disse estar pronto para a disputa da Copa do Brasil, na qual foi tricampeão pelo clube, em 1994, 1997 e 2001, além de ter conquistado o torneio pelo Fluminense, em 2007, marcando o gol do título do Tricolor carioca, na decisão contra o Figueirense, em Florianópolis.

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Roger sendo apresentado pelo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA
 

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Substituto de Felipão

Antes da apresentação de Roger, o presidente Romildo Bolzan Jr. lembrou da saída do técnico Luiz Felipe Scolari, que completou uma semana hoje, elogiou o novo treinador e afirmou que o Grêmio busca sua reidentificação cultural. “O Roger é um cara que conhece tudo o que diz respeito ao futebol. Ele chega com uma missão de se autoafirmar na profissão. Se há alguém que chega preparado para comandar o Grêmio, é o Roger”, afirmou. Já o novo treinador, quando questionado sobre o fato de não ser a “primeira opção” do Tricolor, que pretendia trazer nomes como Cristóvão Borges e Doriva, optou por destacar a escolha do presidente. “Me enquadrei nos requisitos estabelecidos pela direção. Só por isso eu já fiquei muito feliz”, completou.

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