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Retrospectiva Gre-Nal

Reinauguração do Beira-Rio foi o ponto alto do Inter em 2014

Poderia ter sido melhor. Mas o principal dever foi cumprido. No ano em que reinaugurou o Beira-Rio, que ficou quase dois anos fechado para reformas, o Internacional não teve nenhuma grande conquista. Levantou a taça do Campeonato Gaúcho, é verdade, com uma goleada sobre o rival Grêmio em Caxias do Sul. Só que fracassou nos mata-matas da Copa do Brasil e Sul-Americana, contra adversários mais fracos.

No Brasileirão, o clube chegou a sonhar com o tetracampeonato, mas falhou nos confrontos diretos. Ainda assim, o saldo de 2014 para o Inter é positivo. A classificação para a Taça Libertadores 2015 teve contornos épicos, com virada nos últimos minutos de jogo contra o Figueirense. O final de ano deixou a torcida colorada empolgada para a próxima temporada.

Veja como foi o 2014 do Inter:

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O melhor – Reinauguração do Beira-Rio: O gigante está de volta! Palco de diversas conquistas nacionais e internacionais do clube, o Beira-Rio foi reinaugurado no dia 5 de abril, num espetáculo que jamais será esquecido pela nação colorada. O estádio havia sido fechado no início de 2013 para as reformas da Copa do Mundo e logo tornou-se um aliado para o Inter, que passou por apuros na temporada anterior, quando precisou mandar seus jogos em cidades como Caxias do Sul e Novo Hamburgo. Em casa, o Colorado fechou o campeonato com a segunda melhor campanha. Foram 15 vitórias e quatro derrotas, 78,95% de aproveitamento. Somente o campeão Cruzeiro teve aproveitamento melhor como mandante. Em 2015, com o clube de volta à Libertadores, o Beira-Rio pode ser novamente importante na busca pelo tricampeonato.

O pior – Jejum dos centroavantes: Um time que conta com Aranguíz, D’Alessandro e Alex armando jogadas não pode ter um centroavante que não faça gols, correto? Errado. O Inter passou por problemas com seus camisas 9, Rafael Moura e Wellington Paulista, durante todo o ano de 2014. O He-Man ainda foi importante, marcando gols na final do Campeonato Gaúcho e alguns tentos importantes no Brasileirão, como o de empate contra o Figueirense na última rodada, que deu gás ao time para buscar a virada e a vaga direta na Libertadores. Mas ele chegou a ficar 900 minutos de jejum no torneio, perdendo gols inacreditáveis e irritando a torcida. Já Wellington Paulista foi um verdadeiro vexame. O ex-atacante do Cruzeiro terminou 2014 com a marca de mais de mil minutos sem balançar as redes (mais de 20 jogos). O último gol anotado por ele ocorreu no dia 28 de maio, contra a Chapecoense.

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Melhor jogo – Internacional 4×1 Grêmio: Time de melhor campanha durante todo o Campeonato Gaúcho, o Inter chegou para a final contra o Grêmio empolgado, mas não era o favorito. O Colorado não teve grandes testes na competição, enquanto o Tricolor fazia boa campanha na fase de grupos da Libertadores, no chamado grupo da morte. O favoritismo gremista logo foi destruído no confronto de ida da final, com a vitória de virada do Inter por 2 a 1, em plena Arena. No jogo de volta, no estádio Centenário, em Caxias do Sul, o Colorado não quis nem saber. Aos gritos de olé, passou por cima do rival como quis. Alex e D’Alessandro tiveram atuações de luxo e comandaram a goleada por 4 a 1, confirmando a supremacia colorada no torneio e garantindo o tetracampeonato gaúcho. São 43 títulos estaduais do Inter, contra 36 do Grêmio.

Pior jogo – Chapecoense 5×0 Internacional: Depois de ser derrotado pelo líder Cruzeiro no Mineirão e ficar mais distante do título brasileiro, o Inter foi a Chapecó no dia 9 de outubro tentando se recuperar na competição. Pela frente, a Chapecoense, recém-promovida para a Série A. Os colorados esperavam uma vitória tranquila sobre a equipe que brigava na parte de baixo na tabela. Não foi o que aconteceu. Pior: o que ocorreu naquele dia foi um verdadeiro pesadelo para o Inter. Na reestreia do atacante Nilmar com a camisa colorada, quem brilhou foram os desconhecidos Leandro, Diones e Camilo. O trio comandou o time catarinense na impiedosa goleada por 5 a 0 na Arena Condá lotada. O vexame colorado foi tamanho que, após o goleiro Dida ser expulso ao cometer pênalti, o centroavante Rafael Moura foi parar no gol. Uma noite para esquecer.

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O cara – Charles Aranguíz: Ele chegou sem fazer muito alarde. Mas logo tornou-se o principal jogador da equipe na temporada. Contratado junto à Udinese, da Itália, o volante chileno Charles Aranguíz foi o cara do Inter em 2014. Muito técnico, ele se destacou por suas investidas no ataque, resultando em 10 gols na temporada. Um deles, contra o Santos, foi o responsável pelo Inter quebrar um tabu histórico de nunca ter vencido a equipe paulista na Vila Belmiro. E não foi só com a camisa colorada que ele brilhou em 2014. Na Copa do Mundo, Aranguíz foi titular pelo Chile e foi importante na boa campanha da seleção na competição. Além disso, marcou um gol histórico contra a Espanha, no Maracanã, no triunfo chileno por 2 a 0, que eliminou a então campeã mundial ainda na fase de grupos da Copa.

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A revelação – Valdívia: O nome dele é Wanderson Ferreira de Oliveira. Mas é conhecido como Valdívia, por sua semelhança física com o meia do Palmeiras. O Valdívia “genérico” estreou no elenco principal no ano passado, mas foi neste ano que realmente mostrou seu futebol ao torcedor colorado. Aos 20 anos, ele atuou em algumas partidas no Gauchão e depois tornou-se peça importante do Inter no Brasileirão, uma espécie de talismã. No confronto direto contra o Fluminense, no Beira-Rio, ele marcou um gol aos 42 minutos do segundo tempo, dando a vitória ao Colorado por 2 a 1 na difícil partida. Contra o Palmeiras, de seu xará, o “Mágico” marcou um golaço e ajudou o Inter a garantir vaga na Libertadores. Em 2015, ele deve aparecer mais vezes como titular do Inter, principalmente no Gauchão, onde o clube deve poupar suas principais estrelas em alguns jogos.

Decepção – Eliminações na Copa do Brasil e Sul-Americana: O saldo de 2014 foi positivo para o Inter, mas a torcida ficou na bronca com o time durante boa parte do ano, principalmente devido às eliminações em sequência na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana. Na competição nacional, o Colorado avançou com tranquilidade nas duas primeiras fases. Contra o Remo, uma goleada por 6 a 1 em Belém eliminou a necessidade do jogo de volta. Em seguida, contra o Cuiabá, empate em 1 a 1 na Arena Pantanal e goleada por 4 a 1 em Porto Alegre classificaram o clube para o duelo contra o Ceará, então líder da Série B.

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Com uma atuação medonha, o Inter foi dominado pelos alvinegros durante boa parte do jogo em pleno Beira-Rio. Saiu atrás no marcador e ainda conseguiu o empate. Mas foi punido pela má atuação com um gol nos acréscimos. No jogo de volta, no lotado Castelão, nova derrota, desta vez por 3 a 1 e eliminação precoce. O fracasso na Copa do Brasil, porém, rendeu uma “classificação” para a Copa Sul-Americana, que deveria ser tratada como prioridade, visto que dava vaga a Libertadores e o clube passava por fase inconstante no Brasileirão. Mas a derrota por 2 a 0 para o Bahia logo na estreia, e novamente no Beira-Rio, mostrou que o clube estava desinteressado pela competição. No jogo de volta, empate por 1 a 1 na Fonte Nova e mais uma eliminação colorada em uma competição de mata-mata.

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