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Os novos bem-sucedidos

Durante anos imaginamos que ter uma boa formação, casa própria, família Doriana, status, recursos financeiros e um carro confortável era sinal de sucesso. E foi. Hoje, com os novos conceitos do mundo moderno, as pessoas passaram a desejar menos glamour e mais vida autêntica, expressiva, significativa. Menos passou a ser mais. Ostentar é cafona. A figura bem-sucedida hoje tem outra forma: vive bem mas sem luxos, viaja, fala mais que um idioma, debate sobre diversos assuntos, trabalha de forma sustentável, busca sentido no que faz, engaja-se em causas coletivas e significativas. Exige respeito profissional, aprecia oportunidades improváveis, migra de uma comunidade para outra sem travas, diz o que precisa ser dito e não se submete a padrões antigos que aprisionaram pessoas em vez de explorar seu potencial humano.

Dos pais, a nova geração quer espaço, companheirismo, cumplicidade e entendimento de que o mundo deles é diferente do anterior, que o pai e a mãe são dignos de respeito e amor, mas não são mais os donos da verdade nem os melhores mentores dos filhos. Das empresas passamos a desejar boas histórias, projetos dinâmicos, divisão de responsabilidades, boa liderança, transparência. Politicagens, vaidades ou egos inflados geram perda de talentos imediatamente. A nova geração não perde tempo onde não há saúde mental, emocional e profissional. Querem fazer um bom trabalho, expressar sua arte e serem vistos como pessoas em construção contínua. Discordo da afirmação de que são pessoas difíceis e não querem nada com nada. Querem responsabilidade sim, só precisam ser bem lideradas. Também não valido frases como “jovens não têm valores, as pessoas não vestem a camisa da empresa, não tem comprometimento”. Têm sim, tanto que continuam trabalhando mesmo em ambientes neuróticos.

Comprometimento não é mais ficar das 8 às 18 horas em uma mesa, trabalhar até tarde, fazer tudo que o chefe manda. Vestir a camisa depende de como os líderes contam a história que está sendo escrita, como distribuem valores e como alocam os players no jogo. Ninguém acorda todos os dias para fazer a empresa ganhar mais dinheiro. Esse tipo de chamado é patético quando o esperado é motivação e engajamento. Jovens são criativos, querem liberdade com responsabilidade, e cada vez menos irão se submeter a ambientes engessados, a jogos de poder, a status e glamour, a chefes sem habilidade para conduzi-los.

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Estes sim são os novos bem-sucedidos do mercado. Trabalham melhor e exigem mais. Este será nosso desafio nos próximos anos. As empresas e os executivos terão que se reinventar para continuarem interessantes e atraentes no mercado. Cada vez mais gente terá mais de um trabalho e cada vez menos pessoas se submeterão a ambientes com gestão à moda antiga.

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