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Futurismo & Inovação

Intolerância compromete o futuro

Nossa época exige ética, sustentabilidade, transparência e senso comum. Há um forte chamado no ar nos convidando a mudar radicalmente nossa forma de pensar, viver e agir. Como observadora do mundo e humanista, assisti o segundo turno das eleições do exterior, numa temporada de estudos e férias. Todos os países têm seus desafios. Alguns estão culturalmente à frente, como Finlândia e Suíça, meus destinos recentes.  

Aprecio disciplinas como Sociologia, Filosofia e Ciências Políticas e gosto de votar. Não votei no segundo turno e confesso que teria muita dificuldade para votar em alguém quem considero não preparado ou em alguém que representa um grupo de moral duvidosa. Vi certezas e dúvidas nos olhos de muita gente. Foi sofrido mesmo.

Pós eleição, o fogo cruzado continua. Postagens raivosas, movimentos de protesto e resistência, pessoas chamando brasileiros de idiotas, negando o novo presidente e tendo verdadeira dificuldade de aceitar a vitória de Bolsonaro. É compreensível, mas precisamos recuar, colocar energia na construção do que queremos, não na destruição moral de nossa sociedade. Os eleitores do novo presidente também continuam destilando sarcasmo em suas manifestações. É assim que queremos construir um novo Brasil?

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Não votei em Lula nem em Dilma nas últimas corridas para a Presidência, mas entendi que, eleitos, precisam de respeito e espaço, e confesso que agora farei um esforço tremendo para torcer pelo governo de Bolsonaro. Não aprecio suas falas e posicionamentos nos últimos anos, que o mostram como um sujeito retrógrado, de pensamento limitado e preconceituoso. Mas as pessoas mudam. De quem será o maior desafio, nosso ou dele, que terá que se adaptar fortemente ao papel diplomático de Chefe de Estado? Precisamos sim vigiar, participar, fazer oposição, mas é preciso dar uma chance ao novo time de governo.

Algumas postagens nas redes são verdadeiras fantasias terroristas. Somos livres e temos o direito de ser a favor ou contra, ser situação ou oposição, ser resistência ou manter a neutralidade, o que vem se tornando cada vez mais difícil se quisermos viver nossa cidadania de verdade.

Não o escolhi, mas agora ele é nosso Presidente. Não é mais sobre o que eu e você achamos, e sim sobre o Brasil! Gastemos mais tempo fazendo algo na prática por um Brasil melhor para todos os cidadãos. O presente alargado e o futuro emergente exigem uma sociedade colaborativa, não bipolar, e a vida nunca é como queremos e sim como precisa ser no momento para que possamos crescer. Não se contamine pelo ódio, transcenda e saia deste barulho que coloca em uma espiral de descida moral e nos traz medo dos futuros ainda desconhecidos. Acredite que de alguma forma pode dar certo.

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