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ideias e bate-papo

Ser humano: racional?

Um médico realiza procedimentos em seu próprio apartamento e até em hotéis. Pessoas deixam de vacinar filhos, um serviço gratuito que causa o retorno de doenças já extintas. Domingo, numa praça que frequento aos fins de semana, um homem deixou seu pitbull no cachorródromo e saiu para caminhar. Some-se a tudo isso as barbaridades que se vê nas ruas e rodovias.

Às vezes reflito sobre como o ser humano consegue involuir em vários segmentos, mesmo diante de tanta tecnologia, conhecimento e pesquisa divulgada pela mídia. Em tempos nem tão distantes era comum a proliferação de lendas, informações conflitantes e carência de fontes para conferir a veracidade de vários temas. Hoje dispomos de um manancial jamais visto de conteúdos capazes de esclarecer todas as dúvidas.

“Depois que inventaram a máquina de debulhar milho tudo é possível.” O ditado, surrado e antigo, significa dizer: ”Ok, eu acredito em tudo”. Mesmo diante de tamanha diversidade em tudo, é difícil compreender o ser humano – racional e tendo ao alcance tantos recursos.

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Domingo, no programa Fantástico, assisti a mais uma reportagem sobre a escassez de água no mundo e o risco iminente do fim do líquido mais precioso que existe. Lembrei que todas as manhãs, ao longo das dez quadras que caminho ao descer da lotação até chegar ao local de trabalho, presencio um escândalo com a natureza.

Nesse trajeto, perco a conta do contingente de pessoas de mangueira e vassoura em punho lavando calçadas, fachadas e o meio-fio, num desperdício de milhões de litros d’água. Compreendo a inconformidade diante do mau cheiro causado pelo xixi de dezenas de cães que passeiam com seus donos que, em muitos casos, sequer recolhem o cocô que empesta as ruas de Porto Alegre.

Ao invés da mangueira, o uso de um balde reduziria o gasto excessivo de água que faz falta em inúmeros países que chegam a limitar o tempo de banho. Lembro de recente estiagem que assolou o Brasil e levou ao racionamento, inclusive em São Paulo, um estado rico. O País se sensibilizou, poupou energia, usou água com parcimônia. Mas bastou a situação se normalizar para que o descaso com a natureza voltasse com força total.

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As atitudes desvairadas são típicas do ser humano, mas a variedade de insanidades cometidas nestes tempos de onipresença das redes sociais espanta. Beber antes de dirigir ainda é prática entre milhões de motoristas. Eles preferem se aproveitar da tecnologia para driblar as barreiras policiais.
Os grupos de WhatsApp, tão úteis na prevenção da violência urbana, viraram instrumento para burlar a lei. E continuar causando acidentes e mortes, sem falar de sequestros, furtos e roubos de veículos, combatidos com as barreiras.

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