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ideias e bate-papo

Balanços e perspectivas

A correria do final do ano nem sempre permite fazer um balanço realista da trajetória do ano que termina. A tendência é, sempre, “olhar para cima”, ou seja, observar quem foi melhor aquinhoado, quem viaja para lugares paradisíacos, usufrui melhor da vida, tem um carro mais moderno ou uma casa mais ampla.

 É normal ter como inspiração melhorias em todos os aspectos. Desde um emprego melhor remunerado e com chances concretas de crescimento até a aquisição de bens que nos deem conforto e segurança. De vez em quando, no entanto, é bom lembrar-se dos tantos que não têm o mínimo para sobreviver com dignidade.

 Os apelos consumistas de acumulação e de ostentação nos tornam míopes diante daquilo que conquistamos e estão incorporados a nossa rotina. As redes sociais inflam essa necessidade de ostentar o acúmulo que, por vezes, pode até comprometer as finanças em nome do exibicionismo.

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 Neste momento de confraternização é saudável valorizar nossas conquistas. Tenho uma grande amiga que se encontra hospitalizada há uma semana. Passou a noite de Natal na cama, ao lado do marido e filho, médicos e enfermeiros, e talvez permaneça no Ano Novo. Ela confidenciou que daqui para a frente vai dar mais valor ao brindar as festas de fim do ano. “Isso nunca aconteceu comigo, mas agora sei bem o que significa ter saúde, família, amigos e a possibilidade de confraternizar”, confidenciou.

 Famílias são conglomerados sociais formados pelo acaso dos laços sanguíneos. Conflitos fazem parte do convívio. Temos – como todo mundo – parentes com os quais sentimos maior afinidade. Com outros, apenas mantemos as aparências. Afinal, somos civilizados e conviver com quem pensa diferente é um exercício de humanidade e respeito.
 Apesar das diferenças familiares, filhos, esposas e maridos compõem o sustentáculo para superar as dificuldades que muitas vezes estremecem as relações. Nesta época, onde todos se tornam mais sensíveis, é comum ver-se cenas de perdão, choros entre abraços e tolerância. Longe de ser piegas, é a parte boa das festas de final de ano, tão deturpadas pela ânsia de comprar, presentear e criar expectativas sobre o que receberemos do bom velhinho.

A noite de segunda-feira será um rito de passagem, de 2018 para 2019, quando faremos um balanço do que foram os 12 últimos meses que se encerram à meia-noite. No escuro do quarto e no aconchego do travesseiro faremos uma análise isenta, com erros e acertos, para que no próximo ano tenhamos um conjunto ainda melhor de atitudes. Feliz ano novo!

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