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Ideias e bate-papo

Leitura edificante

Entre as minhas leituras preferidas estão os cadernos de saúde. Ao fechar a última página, concluo que sou um sobrevivente e que, apesar de fazer tudo errado, estou vivo. Isso inclui o meu sedentarismo e a alimentação equivocada.

“Castanha de caju engorda menos que achávamos”, estampa o caderno de vida saudável que li no fim de semana. Famoso pelo alto valor energético, esse fruto é um dos tantos vilões que, ao longo do tempo, estão sendo inocentados.

Lembro dos tempos de adolescente. O ovo frito figurava como inimigo público número um da saúde. Revistas, jornais, publicações médicas e até folhetos de porta de farmácias profetizavam a pena de morte dos consumidores do dito cujo. Hoje, sempre que peço uma à la minuta, a ordem é clara: “Me traga com dois ovos fritos!”. Afinal, preciso recuperar o tempo perdido.

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Outra manchete do caderno alerta: “A genética explica o ódio ao coentro.” Com um adendo: “Aversão à erva é tão popular que já se tornou objeto de pesquisas científicas.” Pobre coentro! Em estudos dirão exatamente o contrário. E confesso a vocês que sequer conhecia o termo “coentrofóbicos” empregado na reportagem.

As páginas centrais do caderno tratam sobre a memória. Aí lembrei – viva a memória! – que sou o rei dos bilhetinhos. Antes de dormir, depois da meia-noite, começo a anotar o que preciso fazer no dia seguinte. A partir das 5h15, ao despertar, passo a incluir os compromissos, recados e tarefas a serem cumpridas.

Meu sogro, seu Pedro Pereira Nunes, de 88 anos, caminha duas horas por dia, o que é humilhante para mim, que não dou um passo. Em suas pernadas pelo bairro ele reencontra velhos amigos, como um deles, que não via há 65 anos. Ao vislumbrá-lo, disparou o nome do parceiro de juventude, além da esposa e dos dois filhos. Um prodígio!

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Voltando ao caderno de leitura, a última página perguntava: “Por que temos cãibra?”. Aí lembrei que, ao longo da adolescência, sofri com essas dores lancinantes. A matéria explica que “a cãibra é um sinal de alerta do corpo humano, significa que o músculo já está no seu limite ou que existe algum desequilíbrio de nutrientes no metabolismo”.

Resumo da leitura dominical: preciso com urgência mudar meus hábitos alimentares e combater o sedentarismo crônico. Ao invés de devorar seis pães de queijo todas as manhãs com café preto… frutas, pão preto e outras cositas saudáveis. Ao chegar em casa, lá pelas 19h30, vou calçar tênis, camiseta e calção e sair porta afora. Isso para começar a refazer minha rotina, que afronta os preceitos de saúde. Será que consigo?

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