Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

IDEIAS E BATE-PAPO

Diário do confinamento – 2

Nesta enxurrada de informações, ouvi uma entrevista com especialistas falando da quantidade de sonhos que as pessoas relatam nas últimas semanas, a maioria pesadelos. A explicação indicava o volume de conteúdos absorvidos através dos mais variados canais de comunicação – os tradicionais e as novas plataformas digitais.

Além do medo, o momento nos impõe uma dúvida: “desligar” das notícias para descansar a cabeça e dormir bem ou absorver as novidades para evitar equívocos, ainda mais agora, que o uso da máscara é obrigatório em todo o Estado.

As relações humanas são ricas em diversidade. Prova disso são as diversas reações diante das restrições que fulminaram a rotina. No final de semana, li um texto atraente pelo enfoque. Tratava da redução das diferenças em decorrência da mudança de hábitos.

Publicidade

Manter carros de luxo, roupas de grife, relógios caros ou uma agenda de eventos “chiques” perdeu importância. Todos estão confinados, saindo apenas para compras, ida ao médico/ dentistas ou rápidas caminhadas. Mesmo contra a vontade, todos, em algum momento, refletem sobre o trabalho, a vida em família, as relações afetivas.

De maneira torta, reduzimos o fosso social que espalha a miséria país afora. Também aprendemos a ver o ócio como uma atividade sadia. Descobrimos a necessidade de manter uma organização mínima e que o trabalho em casa não é ficção científica.

Desde 20 de março, vou ao supermercado nos finais de semana e passeio com o cachorro perto da meia-noite. As jornadas de trabalho chegam a 12/14 horas, mas não reclamo, porque estou ocupado, longe da depressão. Nem todos, no entanto, podem aderir ao home office. Trabalhadores domésticos, autônomos e aqueles sem carteira assinada e salário fixo miram o nascer do sol com apreensão diária.

Publicidade

Dede a semana passada, retomei os exercícios para minimizar as dores da hérnia de disco. O estúdio de ginástica atende a dois alunos a cada hora, com higienização constante. Todos – alunos e instrutor – usam máscaras, com grande distanciamento. Admito que não é fácil suar com boca e nariz cobertos, mas é um cuidado fundamental para manter a saúde.

São tempos novos, que, tomara, gerem uma nova mentalidade, com base na solidariedade humana. Se isso não acontecer, o sofrimento, as restrições e as dores desta pandemia de nada terão valido a pena.

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.