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África

Anistia denuncia morte de 149 pessoas em centro de detenção na Nigéria

A Anistia Internacional pediu nesta quarta-feira, 11, às autoridades da Nigéria que fechem um centro de detenção para suspeitos de pertencer ao grupo extremista Boko Haram, depois de pelo menos 149 pessoas terem morrido no local desde o início do ano. A organização de defesa dos direitos humanos já havia denunciado anteriormente o tratamento “desumano” a que são sujeitos os detidos no centro de Giwa, no Nordeste da Nigéria.

Em novo relatório publicado hoje, a Anistia Internacional denuncia a morte, desde janeiro, de pelo menos 149 pessoas no centro de detenção, incluindo 12 crianças, uma delas com cinco meses. A organização considera que a morte de crianças em “condição atroz”, quando estavam dentro de “um centro de detenção militar”, é simultaneamente “comovente e horrenda”.

O centro de Giwa deve “fechar imediatamente” e todos os detidos devem ser libertados ou entregues a autoridades civis, defende a Anistia. O relatório, feito com base em depoimentos de antigos detidos e de outras testemunhas, denuncia que as vítimas morrem de fome, doenças, desidratação ou ferimentos.

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Em março, estavam detidas em Giwa 1.200 pessoas, incluindo 120 crianças. O centro está superlotado e as condições de detenção têm piorado, resultado, em boa parte, da ofensiva militar em curso contra o Boko Harem, que levou a detenções em massa. Os militares nigerianos nunca negaram que detêm também crianças.

A Anistia Internacional denuncia que todas essas pessoas permanecem no centro sem a abertura de qualquer processo e sem ter acesso a um advogado.

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