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Oriente Médio

Israel planeja construir mais em assentamentos, mesmo após condenação na ONU

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou nesta terça-feira esperar que uma conferência sobre o Oriente Médio na França estabeleça um cronograma para o fim dos assentamentos de Israel na área que os palestinos desejam como parte de seu futuro Estado independente. O governo de Israel, por sua vez, planeja construir milhares de novas casas em áreas de Jerusalém reivindicadas pelos palestinos, mesmo após uma recente resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas condenando essas obras.

Na semana passada, os EUA se abstiveram e o Conselho de Segurança condenou os assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, vendo-os como parte de uma “flagrante violação” da lei internacional. As declarações dadas no início da terça-feira foram as primeiras em público desde o voto da ONU

“A decisão lança a fundação para qualquer negociação futura séria e abre caminho para a conferência de paz internacional marcada para o próximo mês em Paris”, disse Abbas durante reunião de seu partido, o Fatah. “Nós esperamos que esta conferência estabeleça um mecanismo e um cronograma para o fim da ocupação”, afirmou. Segundo ele, a resolução prova que o mundo rejeita os assentamentos, já que eles são “ilegais, em nossa terra ocupada que inclui Jerusalém Oriental”.

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Em 15 de janeiro, dias antes de o presidente dos EUA, Barack Obama, deixar o posto, a França deve sediar uma conferência sobre o Oriente Médio na qual dezenas de países podem endossar um cronograma internacional para a paz entre Israel e os palestinos. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se opõe de maneira veemente a isso, dizendo que a iniciativa acaba por minar o processo de paz.

Netanyahu diz que Abbas deve aceitar negociações diretas sem precondições. Abbas se recusa, exigindo a paralisação das construções nos assentamentos israelenses.

Os palestinos querem a Cisjordânia e Jerusalém Oriental como parte de seu futuro Estado. Já Israel diz que os assentamentos, bem como outras questões importantes como a segurança, devem ser alvo de negociações nas conversas de paz. Em Jerusalém Oriental, há lugares sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos.

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Apesar da resolução da ONU condenando os assentamentos, a Municipalidade de Jerusalém deve aprovar milhares de novas unidades habitacionais no setor leste da cidade nesta semana. O jornal Israel Hayom, favorável a Netanyahu, informou que o comitê do distrito de zoneamento da cidade se reúne nesta quarta-feira para discutir a aprovação de novas construções nessa parte da cidade. O vice-prefeito de Jerusalém, Meir Turgeman, disse que a administração local decidirá o que fazer, sem ser afetada pela ONU ou por qualquer outra entidade. “Eu espero que o governo israelense e a nova administração dos EUA nos apoiem, para que possamos compensar a falta de construção durante os oito anos do governo Obama.”

Netanyahu ficou furioso com a resolução da ONU, aprovada por 14 votos a 0, com a abstenção norte-americana. Israel convocou embaixadores dos países que integram o Conselho de Segurança, incluindo o dos EUA, em um sinal de protesto diplomático. Netanyahu convocou os embaixadores israelenses para a Nova Zelândia e Senegal para consultas e cancelou uma visita planejada em janeiro do ministro das Relações Exteriores senegalês a Israel. O país também acabou com programas de ajuda para o país africano. Fonte: Associated Press.

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