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Desafio aceito

Um giro pela Oktoberfest na pele do Fritz

Uma curiosidade comum entre os visitantes da Oktoberfest é saber qual seria a sensação de vestir a roupa de algum dos integrantes da família de bonecos Fritz, Frida, Max e Milli. Posso dizer que, hoje, eu já sei. Para descobrir como um símbolo da festa atua no evento, decidi incorporar o líder do quarteto para um giro pelo parque. O passeio aconteceu na tarde dessa quinta-feira, com temperatura na faixa dos 25 graus. 

Comecei  a vestir a fantasia pela calça fina de lycra e por outra com espuma, que imita as pernas fortes do personagem. Depois vieram as meias longas. Na etapa seguinte, vesti o corpo do boneco, fechado nas costas com um zíper. Precisei de ajuda para colocar os sapatos. Depois veio a parte mais complicada: a cabeça do Fritz, já equipada com uma câmera da Película Produtora para gravar todos os meus passos. Feito com fibra de vidro, o cabeção pesa 3,5 quilos. Com a vestimenta completa, o peso vai para 10 quilos – o mesmo da Frida. A indumentária completa dos filhos Max e Milli pesa 7,5 quilos cada.

O espaço para colocar a cabeça é estreito. No interior, a impressão é de estar usando um capacete muito pesado, que pressiona as laterais e a parte superior da cabeça. A vontade é de tirar na hora, devido ao calor e à claustrofobia. Mas, aos poucos, o corpo se adapta. 

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Passada a fase inicial, surge outro desafio: enxergar. A visão de quem está na roupa é pela boca do boneco. E há uma tela preta com pequenos furos. Somente por ali dá para ver o que está à frente. Na maioria das vezes, o enquadramento fica entre o joelho e o pé das pessoas que se aproximam. É mais fácil ver as crianças. Pela estatura mais baixa, ficam totalmente visíveis. E são elas também que demonstram o maior carinho pelo Fritz.

Carinho do público encanta durante toda nossa caminhada

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Superadas as dificuldades iniciais, chega a hora de caminhar e acenar. O auxílio de quem está assessorando a família é fundamental neste momento, para servir de guia e orientar a direção a seguir. “A temporada começa em março, com o início da divulgação em outras cidades, e se estende até dezembro. É uma rotina exigente”, explica Paula Vieira, que acompanha os bonecos neste ano. No pórtico, a família dançou com alunos da Apae. E muitas outras crianças correram em minha direção para abraçar e tirar fotos. 

No caminho até a Feirasul, foram muitas pausas para poses e gestos com as mãos, inclusive com integrantes de um grupo de danças folclóricas. O carinho que as pessoas têm pelos bonecos fica mais perceptível na pele de um deles. O encantamento das crianças é incrível.

A cabeça começa a pesar nos ombros, mas um precioso ventilador instalado no interior da estrutura é acionado no momento mais crítico e ameniza o forte calor. O vento fresco renova a energia para os minutos finais. Um pedido vem dos passantes: “Tem que ter o beijo do Fritz e da Frida!”. E assim, cada boneco precisa virar a cabeça para a foto ideal. 

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No retorno ao QG, a retirada da roupa é um alívio. Ao mesmo tempo, fica o desejo de mais alguns minutos como Fritz. Para resumir a sensação, apesar do calor e do aperto, é recompensador receber a alegria demonstrada por cada visitante. E para as quatro pessoas que trabalham diariamente nos bonecos, agradeço a acolhida e reforço a admiração por cada uma, em reconhecimento ao enorme desafio que encaram nesta 32ª Oktoberfest.

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