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A lenda está de volta

O campeão voltou! Relembre 10 lutas marcantes de Anderson Silva no UFC

O brasileiro Anderson Silva volta ao octógono na madrugada deste domingo, 1º, após 13 meses afastado por conta de uma lesão grave, sofrida na luta contra o norte-americano Chris Weidman, que valia o cinturão dos pesos médios. Considerado por muitos como o maior lutador de MMA de todos os tempos, o Spider acumula recordes, como o de mais vitórias consecutivas no UFC (16), e de mais defesas de cinturão na organização (10). Foram sete anos de domínio numa categoria que era considerada a mais equilibrada antes de sua chegada. Mas o brasileiro também teve momentos difíceis e polêmicos no Ultimate. Relembre 10 lutas marcantes de Anderson Silva no UFC.

Estreia em grande estilo  UFC Fight Night 5, contra Chris Leben – 28 de junho de 2006, Las Vegas (EUA) 

Anderson Silva foi contratado pelo UFC em 2006 sem muito alarde. Ainda pouco conhecido, o Aranha chegava com as credenciais de campeão peso-médio do Cage Rage, evento de MMA que era disputado na Inglaterra. E logo na estreia, um adversário duro pela frente: o americano Chris Leben, oriundo da primeira edição do The Ultimate Fighter, e que vinha invicto no UFC, com cinco vitórias. Leben era apontado como o próximo desafiante da categoria dos médios, caso derrotasse Silva. Mas, para o espanto de todos, o brasileiro atropelou o rival com um nocaute devastador em apenas 49 segundos.

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A conquista do cinturão – UFC 64, contra Rich Franklin – 14 de outubro de 2006, Las Vegas (EUA)

Após a vitória arrasadora contra Leben, Anderson Silva imediatamente foi alçado ao posto de desafiante número um da categoria dos médios. O presidente do UFC,Dana White, ouviu os pedidos dos fãs e agendou a luta do Aranha contra o então campeão Rich Franklin, que vinha de quatro lutas e quatro vitórias na organização. Novamente arrasador, Silva devastou o americano com chutes e joelhadas, encerrando o combate faltando pouco mais de um minuto para terminar o primeiro round. O emocionado Anderson recolocava o Brasil no hall dos campeões do Ultimate (o último campeão havia sido Vitor Belfort, em 2004).

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Encarando uma lenda – UFC 82, contra Dan Henderson – 1º de março de 2008, Columbus (EUA) 

Anderson Silva começava a escrever sua história no UFC. Após conquistar o título de campeão dos pesos médios, o brasileiro teve duas defesas de cinturão bem sucedidas (contra Nate Marquardt e Rich Franklin) e sobrava na categoria. Então, Dana White escolheu Dan Henderson, campeão dos pesos médios no extinto Pride, como novo desafiante, na unificação dos títulos. Considerado uma lenda do MMA, Hendo, que já havia sido campeão do UFC, era considerado o único homem com chances de derrotar Anderson Silva. Só esqueceram de avisar o Aranha, que mais uma vez mostrou seu talento e finalizou o americano com um mata-leão no segundo round. A lenda se curvava à mais nova lenda do esporte.

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Polêmica e quase demissão – UFC 112, contra Demian Maia – 10 de abril de 2010, Abu Dhabi (Emirados Árabes) 

Já consolidado como o maior evento de MMA do mundo, o UFC desembarcava pela primeira vez no mundo árabe e trazia seu principal nome encabeçando a luta principal. O adversário da vez de Anderson Silva era o compatriota Demian Maia, exímio finalizador e faixa preta em Jiu-Jitsu. O que era para ser mais um show do Aranha tornou-se na luta mais polêmica da sua carreira. Anderson brincou, dançou e provocou durante os cinco rounds. Maia, mesmo com o apoio da torcida, mal conseguia acertar o rival. Ao final da luta, muitas vaias e cinturão mantido para Anderson. Mas Dana White não gostou nada do que viu. Envergonhado, ele ameaçou demitir o Aranha, que se desculpou e disse que aquilo não se repetiria. Até hoje, porém, Anderson Silva e Demian Maia são desafetos.

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A luta mais difícil da carreira – UFC 117, contra Chael Sonnen, 7 de agosto de 2010, Oakland (EUA) 

Com o emprego ameaçado, Anderson Silva fez sua sétima defesa de cinturão no UFC 117. O adversário da vez foi o falastrão Chael Sonnen, conhecido mais por soltar frases polêmicas do que pelas suas habilidades. O que ninguém imaginava é que aquele se tornaria o maior desafio de Anderson Silva no Ultimate até então. Durante quatro rounds, Sonnen levou a luta ao chão e massacrou o brasileiro, que admitiu depois que lutou com uma costela fraturada. A perda do cinturão parecia certa até que, no final do quinto round, o Spider mostrou porque é considerado o maior lutador de MMA de todos os tempos. Ele encaixou um triângulo e conseguiu finalizar o americano. Após a vitória, Dana White se rendeu a Anderson e encheu o campeão de elogios, garantindo que jamais iria o demitir.

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O nocaute do século – UFC 126, contra Vitor Belfort, 5 de fevereiro de 2011, Las Vegas (EUA) 

Prevista para acontecer ainda em 2010, a luta entre Anderson Silva e Vitor Belfort foi agendada para fevereiro de 2011, após o “Fenômeno” se recuperar de uma lesão que o deixou afastado dos octógonos por mais de um ano. A luta, que foi vendida como “a luta do século”, prometia, principalmente após as provocações de ambos. Mas ela foi rápida. Com um chute espetacular, ala Steven Seagal, Anderson nocauteou Belfort faltando pouco mais de um minuto para terminar o primeiro round e manteve o cinturão dos médios. A vitória devastadora do Spider fez o MMA explodir no Brasil e o colocou como ídolo nacional.

A primeira vez em casa – UFC 134, contra Yushin Okami, 27 de agosto de 2011, Rio de Janeiro (Brasil) 

O aumento do interesse dos brasileiros pelo UFC fez o presidente Dana White agendar um evento no Brasil, o que não acontecia desde 1998. E para marcar a volta do Ultimate ao país, nada melhor do que uma defesa de cinturão do maior astro da organização. No Rio de Janeiro, Anderson Silva teve pela frente o seu último algoz, o japonês Yushin Okami. O rival ostentava a façanha de ser o último lutador a derrotar o Spider, em 2005, após sofrer golpes ilegais do brasileiro. Mas na revanche a história foi outra. Pela primeira vez lutando em casa, Anderson atropelou Okami, venceu a luta por nocaute no segundo round e levou a torcida ao delírio. O UFC 134 foi considerado o melhor evento do ano e conquistou Dana White, que passou a fazer cada vez mais eventos do UFC no Brasil.

Freguesia mantida – UFC 148, contra Chael Sonnen, 7 de julho de 2012, Las Vegas (EUA) 

Praticamente sem adversários na categoria, Anderson Silva ficou quase um ano sem lutar, esperando o UFC escolher seu próximo desafio. E Dana White optou por dar a chance de revanche a Chael Sonnen, que vinha de duas vitórias consecutivas após a derrota para o Spider. Durante meses, o falastrão provocou Anderson, lutadores brasileiros e até o povo brasileiro, sempre afirmando que o cinturão seria seu. Faltando poucas semanas para a luta, o Spider quebrou o silêncio e prometeu bater muito no norte-americano. O mundo parou para ver a luta, uma das mais lucrativas da história do UFC. Desta vez, Anderson não deu chances para Sonnen e decidiu a luta ainda no segundo round, nocauteando o rival após acertar duas joelhadas em seu rosto. Após o triunfo brasileiro, a rivalidade acabou: Sonnen passou a elogiar o campeão, cada vez mais consagrado.

A perda do cinturão – UFC 162, contra Chris Weidman, 6 de julho de 2013, Las Vegas (EUA)

Cotado para protagonizar uma superluta contra o canadense Georges St.Pierre, campeão dos meio-médios, Anderson Silva foi escalado para defender seu cinturão no UFC 162, contra o norte-americano Chris Weidman, a quem o brasileiro menosprezava, chamando-o de “inexperiente”. Weidman, invicto no MMA e com cinco vitórias em cinco lutas no Ultimate, era considerado por especialistas como um adversário duro para Anderson. Muitos lutadores, inclusive o próprio St.Pierre, apostavam em vitória dele sobre o Spider. A prova foi tirada no dia 6 de julho, e teve um desfecho inesperado. No primeiro round, Weidman dominou o brasileiro, que preocupava-se mais em provocar o adversário. Mas, no segundo round, Weidman aproveitou a típica guarda baixa deixada pelo Spider, que dançava no octógono, e o acertou, conseguindo a vitória por nocaute. Um misto de espanto e euforia tomou conta do público no MGM Grand Garden Arena. O cinturão dos pesos médios estava nas mãos de um novo dono após sete anos de domínio de Anderson Silva.

A grave lesão – UFC 168, contra Chris Weidman, 28 de dezembro de 2013, Las Vegas (EUA)

Após a surpreendente derrota, Anderson Silva deu diversas entrevistas afirmando que não queria revanche imediata. Inclusive, chegou a cogitar uma aposentadoria para ficar mais perto da família. No entanto, Dana White confirmou, na semana seguinte à luta, que o brasileiro teria a chance de recuperar o cinturão contra Chris Weidman, em dezembro de 2013, classificando-a como “a maior luta da história do UFC”. Logo, o brasileiro mudou o discurso e passou a focar na luta, dizendo que seu desejo era voltar a ser o campeão dos médios. No dia 28 de dezembro, Anderson e Weidman se cruzaram novamente. A cidade era a mesma e o palco também. O primeiro round foi semelhante com o da luta anterior, com domínio do norte-americano. Visivelmente mais focado do que no último confronto, Anderson partiu para o ataque no segundo round, mas ao tentar um chute baixo lateral, característico de sua modalidade, o Muay Thai, o Spider acabou quebrando a perna e foi derrotado por não ter mais condições de luta. A cena com o momento da lesão chocou o mundo e as imagens de Anderson chorando e gritando de dor sensibilizaram os fãs de MMA. Seria o fim de uma carreira vitoriosa? Felizmente, não.

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