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Opinião

Minha dívida com Gariba

Nilton Garibaldi se foi e eu não tive tempo de pagar a dívida que tenho com ele.

Em maio de 2019, iniciei uma série de reportagens com figuras lendárias da política santa-cruzense e óbvio que o Gariba foi um dos primeiros que procurei.

Passei umas duas horas no apartamento dele e saí de lá com bem mais do que uma boa entrevista. Durante o papo, Gariba me contou uma história da qual eu jamais havia ouvido falar e que me deixou boquiaberto. Era sobre Ruben Malikovski, um ex-morador de Santa Cruz que havia sido integrante do movimento Tupamaros, no Uruguai, e que acabou preso e torturado naquele país. Gariba foi personagem secundário no episódio pois, enquanto presidente da Câmara em meados dos anos 80, participou do movimento pela libertação de Malikovski.

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Convencido de que a história merecia ser melhor contada, dei início imediato a uma pesquisa que pretendo publicar, até o ano que vem, em livro – o maior projeto profissional de minha vida até agora. Até me encontrei com Gariba uma segunda vez para ouvir novamente seu depoimento, com mais detalhes.

Eu fazia questão de, tempos em tempos, informá-lo sobre o andamento da investigação e ele parecia feliz em saber que a história que me contou viraria um livro. Já havia decidido que, tão logo a publicação saísse, ele seria o primeiro a receber um exemplar.

O destino não permitiu. Mas a gratidão permanecerá para sempre. Meus sentimentos ao Leonel Garibaldi e a toda a família.

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